Bruna Linzmeyer contou que recebeu muitos trabalhos depois de assumir publicamente ser lésbica. Namorada da DJ e artista visual Marta Supernova, a atriz participou de uma live e foi questionada se perdeu oportunidades profissionais por conta da orientação sexual. "Olha, papel eu não sei. Mas muitos chegaram porque sou sapatão, muitos. Se esse é um filtro, as pessoas não querem trabalhar comigo por ser lésbica, graças ao meu trabalho e às bruxas, posso falar: que bom! Talvez seja melhor mesmo que a gente não trabalhe", disse no Instagram da rede Telecine.
Bruna falou também sobre a visibilidade que as mulheres conquistaram nos últimos anos dentro do movimento LGBTQ+. "Acho que, por volta de 2015, a gente fez uma curva no mundo. E eu fiz essa curva junto, foi quando comecei a namorar uma mulher, e isso se tornou público", comentou.
Isolada por conta da pandemia do novo coronavírus, Bruna tem aproveitado o período de quarentena para desenvolver projetos audiovisuais com temáticas homossexuais. "Tenho atravessado muitas coisas legais de trabalho no meu processo. Então, estou escrevendo alguns projetos. Os três projetos que estou escrevendo são projetos sapatão. Bom, isso é uma questão, o que é um projeto sapatão? Será que é só a temática ou, uma vez que tem uma sapatão fazendo o projeto, ele é um projeto sapatão? Enfim, além de estar escrevendo, tem temática sapatão. Vem coisa boa por aí aí nos próximos anos", adiantou.
Em junho, Bruna fez um desabafo sobre o Dia do Orgulho LGBTQIA+ nas redes sociais. "Eu não tive dúvida, eu não tive sofrimento, eu não tive dor, eu não tive confusão... Amo uma mulher e não tenho vergonha nem medo! Uma vez estava em uma loja de materiais de construção para a casa com uma namorada, e a gente estava de mãos dadas. Eventualmente abraçada e dava um beijinho ou outro... E tinham outras pessoas naquele corredor que começaram a se sentir muito esquisitas", relatou.
Bruna, então, comentou o que realmente representa o Dia do Orgulho Gay: "As pessoas começaram a sentir vergonha da gente. E a gente parou de se beijar, de se tocar e parou de andar de mãos dadas. A gente deu uma travada! Eu não vou parar de beijar a minha namorada ou de fazer o que qualquer casal hétero estaria fazendo só porque uma outra pessoa está envergonhada. Se você está com vergonha, talvez você que tenha que se tratar...".
(Por Patrícia Dias)