Após prestigiar a parada LGBT+ de Nova York, Bruna Linzmeyer participou do protesto Ocupa Sapatão em frente à Câmara do Rio de Janeiro, no Centro, nesta quarta-feira (29). O encontro reuniu mulheres para discutir o movimento no Dia Nacional da Visibilidade Lésbica e homenagear a vereadora Marielle Franco, assassinada em março deste ano. A ativista de direitos humanos foi autora do projeto de lei para incluir o dia no calendário oficial do Rio. Os vereadores, porém, rejeitaram o projeto por 19 votos a 17 na semana passada.
Em um relacionamento com Priscila Visman, Bruna comemorou o dia no Instagram com uma foto com a namorada. "Abrir caminhos, pertencer, se reconhecer, saber que não se está só, ser livre, rir, gozar, amar, amar, amar. Doce, olha pra gente nessa foto, que vida linda a gente tem", escreveu na rede social.
Em entrevista recente, Bruna disse que sofreu preconceito ao assumir a homossexualidade. Por ser lésbica, a atriz perdeu contratos publicitários: "Sempre ouvi que não ia conseguir pagar minhas contas. Quando me apaixonei de repente, falei: 'Uau, essa pessoa é uma mulher'. Isso não era tão encaixotado na minha cabeça. Sempre beijei a Kitty, que foi minha primeira namorada, em público, na praia, nos eventos em que a gente estava, entre nossos amigos, não-amigos, agia naturalmente. A partir disso começaram alguns questionamentos das pessoas que me amam. Não era uma coisa de: 'Fique dentro do armário, não saia'. E sim de: 'Como será que tá o mundo aí fora? Como isso vai bater na sua vida profissional?'. Minha família não tem dinheiro para me sustentar. Desde meus 15 anos pago minhas contas. Esse foi um cuidado das pessoas que me amavam perante um mundo opressor que a gente vive. (...) Perdi contratos de publicidade, não sei se na televisão. Mas outras coisas chegaram, inclusive contratos de publicidade por causa disso. No cinema".
(Por Tatiana Mariano)