A Globo decidiu cortar as cenas de José Mayer na reprise de "Senhora do Destino", no "Vale a Pena Ver de Novo", após o ator ser acusado de assédio sexual pela figurinista Su Tonani. Para evitar a superexposição do veterano, o canal diminuiu as sequências dele, que está suspenso de novos trabalhos na emissora. O personagem Dirceu (Mayer) não será retirado da trama por causa do envolvimento dele com Maria do Carmo (Susana Vieira). No entanto, apenas as sequências extremamente importantes serão exibidas.
Após o fim da novela "A Lei do Amor", o ator pode ser visto na reprise de "A Gata Comeu", no canal pago Viva. Em breve, o artista também estará nas reexibições de "Fera Radical" e "Tieta", segundo o jornal "Agora S. Paulo".
Mayer contratou uma assessoria de imprensa para escrever a carta em que assumiu o assédio a stylist. No texto, o ator pediu desculpas a Su Tonani por seu comportamento abusivo. "Eu errei. Errei no que fiz, no que falei, e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora. Mesmo não tendo tido a intenção de ofender, agredir ou desrespeitar, admito que minhas brincadeiras de cunho machista ultrapassaram os limites do respeito com que devo tratar minhas colegas. Sou responsável pelo que faço."
Caio Blat recebeu críticas na internet depois de demonstrar apoio a Mayer. O ator, aliás, desaprovou a suspensão do veterano de futuras novelas. "Não estou sabendo disso, mas acho que não. Acho que foi brilhante como ele se colocou hoje. O Zé Mayer é um cara todos nós conhecemos, ele não ameaça ninguém. Acho que foi uma brincadeira fora do tom, que ele já reconheceu e que isso possa servir como exemplo."
Depois da repercussão negativa, Blat decidiu se justificar a respeito de sua declaração polêmica envolvendo Mayer e afirmou que sua frase foi tirada de contexto. "Jamais defendi ou relativizei a violência de uma assédio, apenas elogiei a capacidade de um acusado de se desculpar a assumir seu erro publicamente, que é a única atitude cabível."
(Por Tatiana Mariano)