No ar como Ritinha em "A Força do Querer", Isis Valverde contou que a idade lhe trouxe muito entendimento. Alvo de bullying na sua cidade por causa das roupas, a atriz destacou sua maturidade aos 30 anos. "Aprendi a dizer não, descobri que não vou agradar todo mundo mesmo querendo agradar", disse à revista "Joyce Pascowitch". Namorada do modelo André Rezende, com quem estrelou campanha de moda, a atriz contou também que está escrevendo seu primeiro livro: "Tem textos de quando eu tinha 20 anos. Eu não estou querendo mostrar nada para ninguém. Não é um livro para ser 'a' escritora top. Não tenho essa prepotência."
Dividindo o protagonismo da novela com Paolla Oliveira e Juliana Paes, Isis, criticada por cena de surra na trama das nove, falou sobre a aposta da autora Gloria Perez. "A gente está passando por uma fase em que todo mundo enjoa muito fácil. Glória Perez foi muito feliz em ter essa ideia (uma novela com vários protagonistas). Foi ousada criativa e contemporânea", avaliou a mineira, que já rebateu o feminismo. Segundo a artista, a novela não perdeu a essência folhetinesca, mas ficou muito parecida com a série que é paixão mundial, "Game Of Thrones": "Aliás, a única série que me pegou. Eu grito, surto, tremo inteira, é ataque histérico, é a única paixão que eu tenho."
Ainda à publicação, Isis contou faz aulas particulares de filosofia há doze anos. "Meu professor de filosofia fala que são duas Isis: a mulher sábia e a mulher jovem. Ele diz que na minha vida eu não tenho a maturidade que meus textos têm", comentou. Isis, por sua vez, ressaltou que gosta de construir seus personagens através do psicológico. Ela também acredita no filósofo Kairos e no momento oportuno. "Tem hora que dá aquela vontade de fazer ou dizer alguma coisa, mas não é o momento oportuno, e a gente faz e dá errado. Isso eu levo para a minha vida", declarou. Em cartaz no cinema com o filme "Malasartes e o Duelo com a Morte", Isis acha saudável ter medo da morte. "A morte é a única certeza que a gente tem na vida e que ninguém aceita. Se não a gente se atirava do primeiro parapeito depois de assistir Peter Pan."
Questionada sobre o quadro político em que o Brasil se encontra, Isis lamentou a capacidade que o país tem, mas que é desperdiçado. "As pessoas falam: artista não tá nem aí. Está sim. A gente também está sofrendo", indicou a global, que estudou seis meses em Nova York: "Não quis mais ficar lá, juro. Eu não via a hora de sair, é uma bolha onde todo mundo tem uma bolha em volta de si".
(Por Patrícia Dias)