Agredido em uma festa em Maceió, Alagoas, dias antes da virada do ano, Henri Castelli falou sobre sua recuperação e os medos que vem sentindo após o trauma. "Eu estou fazendo terapia pra tentar me acalmar. Porque eu acordo de madrugada, encosto no travesseiro e parece que tem alguém te dando socos", contou, aos prantos, em entrevista ao "Fantástico" deste domingo (17).
Para o ator, além da dificuldade de lidar com toda a situação, o medo de ficar com sequelas ainda o assombra. "Tem risco de ter sequela quando desinchar daqui 30 dias. E quando eu penso nisso... [minha imagem] é o sustento da minha família, eu trabalho com isso. Eu sustento a minha família sozinho. Eu sou pai de família. Sou pai de 2 filhos e sustento a minha mãe", explicou chorando.
A cirurgiã-dentista Rana Saleh, que cuidou de Henri desde o primeiro momento após a agressão, explicou que o risco de o ator ficar com sequelas realmente existe. "É uma fratura grave. A mandíbula está quebrada, estava exposta. A gente não sabe se ele vai ficar com o rosto torto. A gente não sabe se vai comprometer a fala dele", detalhou.
Segundo o ator, que deixou a "Dança dos Famosos" após sofrer uma lesão no tornozelo, a noite de 29 de dezembro começou em uma festa com amigos. "Estava tendo show da banda Eva, com todos os procedimentos corretos, isolamento social. Não era uma festa clandestina", disse. De lá, o ex-namorado de Jakelyne, de "A Fazenda 12", seguiu para outra festa, onde encontrou Bernardo Malta, dono da casa noturna que abrigou o evento anterior que, segundo o artista, questionou o motivo de ele ter deixado a festa. "Respondi que fui embora porque a festa acabou", disse. "E depois disso eu lembro de tomar socos e chutes".
Bernardo Malta, por sua vez, afirma que Henri foi irônico e grosseiro com ele e que tentou dar um soco nele, que pegou em um de seus amigos, que revidou. "Uma pessoa no chão, caída, tem motivo para alguém continuar chutando a sua cara?", questionou Henri. E lamentou: "Eu não fiz nada pra que essa selvageria desmedida acontecesse comigo. Em que mundo a gente está vivendo?".
Chorando, Henri garantiu: "Tente imaginar você acordar, olhar no espelho, ver a sua boca torta. Eu não tenho raiva, eu não tenho ódio. Eu perdoo. O resto é a justiça que está fazendo. A única coisa que eu quero é voltar a trabalhar. E que o meu rosto volte a ficar normal, se Deus quiser".
(Por Carmen Moreira)