Apoiador do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, Gusttavo Lima está no centro de uma nova polêmica política meses após a chamada "CPI do Sertanejo". Segundo o UOL, o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a condenação do cantor e do Frigorífico Goiás, famoso por criar a "Picanha Mito", por propaganda eleitoral irregular.
O motivo da ação é um helicóptero do frigorífico, que tinha Gusttavo como um dos sócios, segundo o colunista Lucas Pasin. Em maio, a empresa adesivou o veículo aéreo com verde e amarelo e os dizeres "Bolsonaro presidente".
O MPE alega que a plotagem configura propaganda eleitoral irregular porque não é permitido este tipo de ação em bens particulares. A adesivagem é autorizada apenas em veículos e janelas residenciais quando não ultrapassa meio metro quadrado. Além da condenação, o órgão também pede uma indenização de R$ 20 mil.
"O Frigorífico Goiás e Gusttavo Lima são responsáveis pelo ilícito eleitoral. O primeiro como proprietário do helicóptero e o segundo como cantor de fama nacional e internacional que cedeu sua imagem à empresa e dela fez uso extensivo nas circunstâncias do caso", disse o procurador regional Eleitoral auxiliar José Ricardo Teixeira Alves, em entrevista ao UOL.
A defesa de Gusttavo Lima afirma que o cantor não é dono do frigorífico e nem proprietário do helicóptero. Segundo a equipe, o cantor tinha apenas um contrato de uso de imagem com a marca, que já foi encerrado. O vídeo em que o helicóptero plotado aparece repercutiu nas redes sociais no dia 27 de maio e, em nota, a assessoria do sertanejo garante que o vínculo com a empresa se encerrou três dias antes, no dia 24.
"O proprietário do Frigorífico Goias, Sr Leandro, é o dono do helicóptero. Gusttavo Lima teve contrato de uso de imagem com a empresa, contrato este já encerrado. Portanto, não há qualquer responsabilização do cantor diante de tal fato", reforça advogado de Gusttavo, em nota enviada ao UOL.