Empoderada, Geisy Arruda foge de padrões de beleza. Apesar de usar a visibilidade para discutir pressão estética, a modelo é alvo de críticas por causa do corpo. Segundo a influencer, ela não luta contra a balança, principalmente na quarentena. "Nesse momento, o importante é ter saúde", disse ao "Yahoo!". Mas a cobrança para ter o físico magro é constante. "Sou cobrada o tempo todo. Nós somos muito cobradas em relação à estética. Vendem uma beleza para a gente, um 'padrão Bruna Marquezine', que é muito difícil de ter. E você começa a achar que se você não tem os 'gominhos' da Bruna Marquezine, você não é linda", comentou.
Geisy afirmou que que está "bem longe" de ter o abdômen de Bruna Marquezine e que se sente poderosa na própria pele. "Bruna tem a beleza dela e você tem a sua. Há quem goste da Bruna e há quem goste do seu jeito também", destacou. A youtuber admitiu também que nem sempre a autoestima está lá em cima. "Não sou mulher fatal o tempo inteiro", admite. "No meu período de menstruação, por exemplo, eu fico um caco. É uma sensação terrível. Fico inchada, com espinhas... Mas acontece. Abro um vinho, lembro de um dia legal, de uma viagem legal, acendo um incenso e coloco essa energia para fora", detalhou.
Em meio à loucura das redes sociais, Geisy sofre com ataques machistas principalmente vindo de mulheres e reclamou da falta de sororidade entre elas. "Me magoa muito saber que a gente não consegue se respeitar. Na prática, a sororidade está bem longe de ser algo possível. Nossa sociedade é muito machista e as nossas mulheres foram criadas de uma forma muito machista. As mulheres enxergam as outras como inimigas. A gente precisa se juntar, se unir para controlar o mundo", opinou.
Além de escrever e falar sobre sexo, Geisy compartilha fotos sensuais e fetichistas no Instagram, o que causa grande descontentamento em alguns internautas. "Infelizmente eu já estou acostumada. Há muitos anos eu lido com ofensas principalmente vindo delas (mulheres). Quando uma mulher resolve tomar as rédeas da sua vida e se libertar de uma sociedade extremamente machista e opressora, assumir a liberdade, ser dona do seu corpo, da sua vida, da sua vagina, ela realmente incomoda. Eu fico feliz que algumas mulheres são realmente livres", declarou em outra ocasião à "Marie Claire".
(Por Patrícia Dias)