Marcos Mion acolheu para si a missão de falar abertamente sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). Nas redes sociais, o apresentador compartilha a vivência com o filho Romeo e incentiva os seguidores a buscar informações sobre o assunto para combater preconceitos. Nesta quarta-feira (1), o empresário publicou um novo vídeo com o primogênito: no registro, os dois aparecem dançando e cantando a música "If You Don't Love Me", sucesso de Michael Jackson. "Meu tipo de feriado perfeito. Sim, a gente dança engraçado. Sim, a gente pula. Sim, a gente faz 'áu' imitando o Michael Jackson. Sim, somos felizes. E bota feliz nisso! Aí eu lembro de tantas pessoas consideradas 'normais' que não chegam ao dedo do pé desta felicidade. Somos uma família autista com muito orgulho e honra", escreveu no Instagram.
Casado com Suzana Gullo, com quem curtiu viagem para os Estados Unidos no último mês, Mion falou sobre a busca de conhecimento para criar Romeo, homenageado pelo escritor na internet. "Mas não é o autista que tem problemas para se relacionar? A grande maioria de crianças da idade do Romeo, os 'normais', teriam vergonha de se relacionar e dançar assim com o pai. Que benção poder viver com um serzinho que não poderia ligar menos para convenções sociais ou o que os outros vão pensar... Eu quero dançar, danço! Eu quero pular, pulo. Eu quero fazer 'áu', faço", falou o artista, que também é pai de Donatella e Stefano, cuja semelhança impressiona fãs.
Marcos, então, concluiu: "Afinal, uma das lições que aprendi com meu filho autista é 'faça o que seu coração manda. Não se preocupe em ter que se encaixar onde outras pessoas, que não tem ideia de quem voc:e é, acham que é o aceitável, o correto. O certo'. No caso dele, realmente ele não registra que alguém pode pensar alguma coisa sobre a vida do outro. Julgar? Ele não sabe nem o que é! Não é o máximo isso? A atenção está toda no que ele tá sentindo! Não é evolução na sua forma mais linda?".
Em outra ocasião, Marcos Mion avaliou aprendizado com adolescência do filho: "Encarar e passar bem pela própria puberdade já não e tarefa das mais fáceis, imagina então encarar a do filho. Com autismo! Não é à toa que me saio tão bem criando meninos e meninas... É porque todas minhas primeiras experiências em paternidade são diferentes da grande maioria, são sob a ótica e dentro do mundo autista, trazendo uma intensidade única e uma visão diferenciada. Deixa tudo mais delicado, às vezes complicado, bastante repetitivo, tem que ser constante senão da retrocesso e sempre, sempre, exige 100% da minha dedicação e atenção, fazendo meu cérebro e coração funcionarem em perfeita sincronia e em força total!".
(Por Patrícia Dias)