Tiago Leifert revelou que a filha Lua, de apenas 1 ano de vida, está com câncer nos olhos. O tumor, que no caso da menina é bilateral, começa nas células da retina, que crescem de modo desordenado e pode levar a pessoa à cegueira. No vídeo de quase dez minutos gravado para as redes sociais, o apresentador aparece ao lado da mulher, a jornalista Daiana Garbin, para explicar a situação.
Daiana foi quem começou a contar todo o drama da família, que só teve o diagnóstico em outubro de 2021. Tiago, que deixou a Globo recentemente, explicou que percebeu algumas mudanças no comportamento de Lua primeiro, notando que um de seus olhos parecia instável. Para completar, a menina, que se parece com o apresentador, passou a olhar para ele de lado, inclinando a cabeça. Mas foi apenas quando Daiana viu um reflexo branco nos olhos da criança que os dois decidiram levá-la ao médico.
"A gente pensou longa e duramente se a gente ia falar alguma coisa, e o consenso na família e amigos era que não, a gente não deveria falar nada, deveria focar no tratamento", admitiu Tiago, que raramente posta registros da filha na web, embora a menina tivesse o hábito de assisti-lo na TV.
"Só que depois da última químio [quimoterapia] da Lua, e ela já fez quatro, a gente começou a mudar de opinião. Uma coisa começou a nos incomodar, que é saber tudo que a gente sabe hoje e não dividir com você que é pai, mãe, que está cuidando de um bebê", contou Leifert, que é comparado à filha com frequência.
Tiago Leifert explicou que o tratamento do câncer da filha, embora esteja caminhando, poderia ter começado antes. Ele chegou a dar a entender que a descoberta aconteceu tardiamente, quando a doença já tinha avançado. Embora calmo e tranquilo no vídeo, o apresentador admitiu que daria tudo para ter tido contato com um vídeo sobre o assunto em maio de 2021, ou até em agosto.
"Não sabemos se estamos no começo, meio ou fim do tratamento", admitiu o jornalista, explicando que, no momento, Lua enxerga bem do olho esquerdo, enquanto que o direito ainda precisa de maior cuidado.
Mesmo com a quimioterapia, os cabelos de Lua não caíram. Leifert mostrou que a filha está ótima e que, no caso dela, assim como em outros pacientes pediátricos, é possível fazer o tratamento local, ou seja, intravenoso, sim, mas de modo que o remédio atinja apenas a região com tumor. Isso ajuda a evitar os efeitos colaterais dos remédios.
De acordo com o casal, apenas 200 pessoas por ano são diagnosticadas com retinoblastoma, um tipo raro de câncer que é difícil de diagnosticar em crianças porque, justamente por serem crianças, elas não falam e não são capazes de explicar - ou perceber - o que está acontecendo. "Elas se adaptam. O cérebro se adapta", explicou Leifert.