A conclusão e pedido de arquivamento do inquérito que investiga a morte de Marília Mendonça em acidente aéreo em 5 de novembro de 2021 não agradou à família da sertaneja. O piloto e o copiloto foram considerados culpados pela tragédia em Piedade de Caratinga (Minas Gerais) e como foram vítimas fatais da queda da aeronave ao lado da cantora e de outras três pessoas veio o pedido para se arquivar o caso.
"Faltou transparência", cravou João Gustavo, irmão de Marília. O laudo final entendeu que os responsáveis pelo voo tinham que ter entrado em contato com outros profissionais para saber a rota a ser feita naquele dia, e apontou que os cabos de energia elétrica estavam na área de visão de piloto e copiloto. Foi contra esse cabeamento que o avião se chocou, provocando sua queda.
Em entrevista a Lucas Pasin, do UOL, nesta quinta-feira (5), um dia após a divulgação da conclusão da investigação, o irmão de Marília, cuja trajetória meteórica será revista em filme, reprovou o laudo final. "Para a família continua a dúvida. Achamos que para eles foi cômodo culpar os pilotos e isentar a companhia energética de Minas Gerais. Eles mesmo se culparam sinalizando os fios de alta tensão após o acidente. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos", argumentou.
É importante destacar que recentemente esses fios contra os quais o jatinho de Marília colidiu ganharam uma sinalização afim de evitar possíveis novas tragédias. O artista que chegou a seguir os passos da irmã afirmou ainda que a família deve cobrar algumas respostas.
"Assim que o inquérito for entregue ao poder judiciário, iremos acompanhar e indagar certas questões que ainda não foram respondidas. Minha mãe, assim como eu, espera respostas claras e objetivas. Acreditamos que a justiça ainda não foi feita e o caso não foi solucionado", pontuou o irmão de Marília, cujas fotos no IML foram vazadas neste ano.
O advogado Robson Cunha, que representa a família da "Rainha da Sofrência" já havia apontado "argumentos rasos" no inquérito. "O delegado responsável não demonstrou esforços para apresentar provas periciais capazes de ultrapassar alegações comuns e midiáticas acerca do caso", afirmou o profissional.