No ar como Charlotte em "Orgulho e Paixão", Isabella Santoni aproveitou uma brecha nas gravações da trama das seis para andar de skate, um dos esportes mais radicais do mundo, na orla da Praia do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6). Além de ser adepta do surfe, a atriz mostrou talento para a modalidade e fez selfies incríveis. Fã de looks despojados, ela escolheu em uma calça saruel de moletom, top e tênis para investir na prática. Sempre clicada em momentos românticos à beira-mar com o namorado, a artista contou a companhia da mãe, Ana, e da irmã, Nina, durante o exercício.
Aos 23 anos, Isabella declarou em recente entrevista que tinha pensamento ortodoxo no passado. Segundo a artista, o teatro lhe ajudou a quebrar preconceitos e adquirir uma nova visão sobre assuntos considerados polêmicos. "Quando comecei a estudar teatro tinha um pensamento muito ortodoxo, quadrado. Vinha de uma família tradicional, ia para a igreja católica todo domingo... Não entendia bem por que as pessoas eram homossexuais, recriminava quem bebia muito ou usava drogas. Freud fala que uma hora você 'mata' seus pais, né? Brinco com a minha mãe que, quando comecei a fazer teatro, eu os 'matei' e passei a ver o mundo pelos meus olhos", afirmou. Santoni relatou também que aconselha a mãe sobre temas ditos como tabu: "Minha mudança de postura refletiu também na minha mãe, que passou a se abrir e a me ouvir. Passei a alertá-la quando ela fazia comentários pequenos, daqueles que a gente não percebe. Tipo vermos um casal gay e ela falar: 'Coitada da mãe deles''. E eu: 'Coitada por quê? Tenho pena de quem não pode ser o que quiser'. Ela concorda e assim seguimos".
A atriz ainda disse que preocupa com o que transmite aos fãs, assim como Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine, brasileira com mais seguidores no Instagram. "Para mim, é natural e, ao mesmo tempo, pensado, já que tenho responsabilidade sobre o que eu falo. A Malhação, que foi o meu primeiro trabalho na TV [em 2014], trouxe um público que cresce junto comigo. Meninas que estavam na escola e hoje são mulheres cursando faculdade. Então penso o que vou falar e como vou falar. Ultimamente tenho feito uns ensaios meus exclusivos para o Instagram. Escolho tema, fotógrafo, make. Uma amiga me ajuda no styling. Minhas redes sociais são a minha plataforma: onde controlo o que é falado e feito sobre mim e como quero me posicionar em relação aos assuntos. Quando viajei para Bali no ano passado, por exemplo, fiz trancinhas no cabelo e recebi críticas de apropriação cultural. Em momento algum pensei que estava ofendendo alguém e não soube reagir na hora. Hoje pediria desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas. Mas na hora, não deu, não sabia. E tudo bem. Busco a resposta transparente sempre".
(Por Patrícia Dias)