Rayssa Leal vai ser punida por gesto religioso nos Jogos Olímpicos de Paris-2024? 'Fadinha do skate' reage após rumor: 'Faço sempre'

Aos 16 anos, Rayssa Leal ganhou sua segunda medalha olímpica, nos Jogos de Paris-2024. Após a prata em Tóquio-2020, a skatista brasileira garantiu o bronze na categoria street, neste domingo (28), quando o Brasil levou outro bronze e uma prata no judô. Ao comemorar a terceira colocação, a "Fadinha do Skate" não seguiu uma orientação de cunho religioso e pode ser punida por isso.

Ausente na cerimônia de abertura das Olimpíadas, que fez uma versão da Última Ceia com drag queens, Rayssa enviou uma mensagem em Libras, a língua dos sinais. "Jesus é o caminho, a verdade e a vida", frase adaptada da Bíblia em João 14:6 - no original, Cristo diz ser o caminho, a verdade e a vida.

Acontece que o Ministério dos Esportes da França pediu aos esportistas que não fizessem manifestações religiosas ou que usem símbolos ligados a uma religião. O objetivo visa manter a laicidade do maior evento do mundo dos esportes. Com isso, uma punição poderá ser dada à brasileira, contudo a medalha de bronze não está em risco, porém o atleta que não respeitar tal advertência pode até ser desqualificado de competições.

Ao ser questionada sobre uma possível punição, o maior nome do skate brasileiro disse não saber. "Se eu peguei advertência eu não to sabendo ainda não, porque não chegou em mim ainda não, isso daí. Se eu pegar alguma advertência a gente vai descobrir mais tarde", falou bem-humorada ao UOL, dias após ser "esquecida" em treino e se envolver em impasse envolvendo credencial para sua mãe acessar a Vila Olímpica.

"Fiz porque faço em todas as competições. Para mim é importante, eu sou cristã, acredito muito em Deus. Ali eu pedi forças e mandei uma mensagem para todo mundo, que realmente Deus é o caminho, a verdade e a vida", reforçou a filha de Lilian Mendes, a quem é comparada pela semelhança física.

O caso de Rayssa lembra o do surfista João Chinca, o "Chumbinho". O atleta iria competir com uma prancha onde se via o desenho do Cristo Redentor, porém precisou remover a pintura que retrata o monumento localizado no morro do Corcovado, no Rio de Janeiro.