O Ministério Público da Espanha se posicionou contra a soltura de Daniel Alves, visitado pela primeira vez na cadeia pela mulher, Joana Sanz neste final de semana. Há sete dias, os advogados do jogador pediram que ele ficasse em liberdade durante a investigação do suposto estupro contra uma jovem de 23 anos em boate daquele país no último dia de 2023. O lateral foi preso no último dia 20 enquanto prestava depoimento.
Além de ter tido a liberdade negada, a situação de Daniel Alves se complicou por conta do relato de uma nova testemunha e de um novo e chocante depoimento da jovem, cuja identidade segue sem ser revelada. A informação é do jornal "El Periódico". Curiosamente, um dos argumentos usados na defesa acabou servindo para a Justiça europeia decidir manter Daniel preso: ele não apresenta risco de fuga.
O procurador da Justiça afirmou que há indícios suficientes para se negar a liberdade ao atleta brasileiro, demitido do Pumas (México) assim que sua prisão foi efetuada. O juiz apontou "indícios racionais" de que Daniel cometeu "alegada infração" e, por isso, o risco de fuga não foi descartada.
A defesa do lateral havia pedido que o jogador usasse uma espécie de tornozeleira eletrônica além de ter o passaporte retido. Agora, o Tribunal de Barcelona deve emitir nos próximos dias os passos seguintes da investigação, que pode condenar o brasileiro a 12 anos de prisão.
Por enquanto, atrás das grades Daniel teria pedido restrição de visitas - o que incluiria sua mãe, jogado bola no pátio, e gasto R$ 555 na compra de alguns itens, o que é permitido no local. Já do lado externo, Joana, com quem se casou em 2017, afastou rumor de que pediria o divórcio.
Aos 39 anos, o baiano de Juazeiro passou por vários clubes do Brasil e do exterior, como Bahia, PSG, Barcelona e São Paulo. Daniel disputou três Copas do Mundo pela seleção e venceu diversos torneios como o Mundial de Clubes, a Copa América, e o Campeonato Italiano.