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Daniel Alves pode ver sua situação se complicar ainda mais. Preso desde o último dia 20 em acusação de assédio e estupro e transferido de presídio nesta segunda-feira (23), o lateral ex-Pumas (México) agora é acusado por outra mulher, amiga da primeira denunciante. A suposta vítima, de 23 anos, afirmou em depoimento à Justiça da Espanha ter sido tocada nas partes íntimas sem seu consentimento.
O possível abuso só chegou ao fim quando a segunda denunciante - que estava acompanhada de duas pessoas - conseguiu se desvencilhar, indo embora, relata o jornal "La Vanguardia". Também ao depor, a jovem afirmou que o fato ocorreu em um banheiro da boate Sutton, no penúltimo dia de 2022.
[Nota editorial: os trechos a seguir podem conter gatilhos para pessoas que foram vítimas de assédio ou abuso sexual].
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A testemunha contou ter visto quando Daniel Alves se aproximou de sua prima e de uma amiga. "Foi quando percebi como ele tocava minhas amigas e o quanto estava próximo", relatou às autoridades. Após o início das investigações, outras testemunhas passaram a ser procuradas e o circuito de segurança do estabelecimento, analisado.
Apoiado pela ex-mulher e mãe de seus filhos, o lateral da Seleção brasileira foi detido assim que prestava depoimento e não tem direito a fiança, podendo pegar até 12 anos de prisão. A imprensa espanhola relata ainda que um garçom foi "demasiadamente insistente" para que as três mulheres se sentassem à mesa com o jogador, revelado pelo Bahia e com passagens pelo PSG, Barcelona e São Paulo.
Querendo prestar novo depoimento, Daniel já deu várias versões para o fato. O lateral que teria agido para não ser reconhecido, mas foi entregue por uma tatuagem íntima, disse primeiramente que não houve contato entre ele e a denunciante. Posteriormente, alegou sexo consensual.