Mais um assassinato de filho contra os próprios pais em São Paulo choca o país quase 12 anos depois do crime envolvendo o casal von Richthofen, cuja filha, Suzane, retratado em três filmes. Dessa vez, um adolescente de 16 anos admitiu à polícia através de ligação telefônica ter matado além dos pais a irmã na casa deles, na Vila Jaguara, Zona Oeste da capital paulista.
O menor foi apreendido nesta madrugada de segunda-feira (20) pouco depois de ter admitido o crime. Para ceifar a vida dos três, o rapaz utilizou a pistola do pai, Guarda Municipal de Jundiaí (interior de São Paulo). O triplo assassinato ocorreu na sexta-feira (17) após ficar sem celular como castigo dado pelos pais.
Como se passaram mais de 48 horas após os crimes, os corpos já foram encontrados em processo de decomposição, de acordo com o "g1". Além do menor, foram apreendidas a pistola usada nos assassinatos e munição.
Foram mortos Isac Tavares Santos (57 anos), a mulher, Solange Aparecida Gomes (50 anos), e a filha, Letícia Gomes Santos (16 anos). No depoimento, o filho contou ter sido chamado de "vagabundo" pelos pais e depois planejou o crime, uma vez que sabia o local onde a arma era guardada pelo pai.
O primeiro a morrer foi Isac, com um tiro nas costas quando ele estava na cozinha. A segunda vítima foi a irmã, atingida no rosto, ao ser atraída pelo som do primeiro disparo. Na sequência, agiu como se nada tivesse ocorrido e foi para a academia. Ao retornar, esperou a mãe chegar da rua e lhe matou quando ela encontrou os dois corpos.
Um dia depois, o réu confesso colocou uma faca no corpo da mãe. O rapaz ainda foi à padaria, onde comprou pão. A polícia registrou o triplo assassinato como feminicídio, posse/porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, homicídio e vilipêndio de cadáver, esta mesma situação pela qual responde a sobrinha de "tio Paulo", homem levado morto até agência bancária no mês passado, onde há alguns dias uma mulher acabou morrendo.