Autocuidado é um hábito que precisa ser praticado pelo público feminino diariamente. Para se ter uma noção, dados recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que uma a cada cinco mulheres apresenta Transtornos Mentais Comuns (TMC). Além disso, elas têm duas vezes mais chances de desenvolver transtorno de ansiedade em relação aos homens, e quando falamos de transtornos depressivos esse dado salta para três vezes mais do que o público masculino.
Então, se você é uma mulher que busca trabalhar a sua autoestima e ter uma vida mais saudável, é essencial que você siga algumas regras importantes para conseguir desenvolver essas questões da melhor forma possível. Veja as dicas que o Purepeople conseguiu com especialistas no assunto para te ajudar!
Ter um tempo para si mesma é muito importante para você escapar das pressões, das demandas da vida diária e de todos os problemas acumulados durante a semana. Então, tirar pelo menos um dia dentre os sete da sua rotina pode fazer uma grande diferença para a sua saúde mental e física.
A psicóloga e pós-graduanda em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein Monica Machado aconselha: "Determine um dia da semana para fazer tudo aquilo que você sempre quis, mas nunca teve tempo". Ela ainda garante que se colocar em primeiro lugar eventualmente significa respeitar sua integridade física e moral - e é um direito de todas as mulheres.
O público feminino tem um risco 40% maior de ter taxas de distúrbio do sono do que os homens, como comprovou uma pesquisa feita pela Universidade de Maryland e pela Universidade Chinesa de Hong Kong. Uma das principais razões para isso é o fato de que elas terem que lidar com demandas bem maiores do que a do público masculino, visto que tradicionalmente foi colocado à mulher o lugar de cuidar da casa, da família, da vida pessoal e, também, do seu trabalho.
A doutora e pós-doutora em Endocrinologia e Metabologia pela USP e membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) Claudia Chang diz que o sono é importante para "promover o equilíbrio dos sistemas endócrino, imunológico e neurológico". Para você dormir é melhor, algumas boas dicas são: evitar celular, notebook e TV; manter a temperatura do quarto equilibrada; usar roupas leves e confortáveis; ter um horário definido; e se hidratar bem durante o dia.
Nossa alimentação também é um fator crucial para mudar nossa autoestima e fazer com que a gente se sinta bem. O ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre Carlos Moraes explica que, para as mulheres, esse quesito tem uma importância ainda maior.
"Em períodos como a TPM e a menopausa, quando há queda do estrogênio, alguns nutrientes são especialmente importantes para a mulher, e sua ingestão regular pode ser essencial para minimizar ou até evitar desequilíbrios emocionais", diz.
Também não dá para dispensar procurar ajuda de um psicólogo para quem busca por uma autoestima melhor e uma vida mais saudável. "O caminho para lidar com o desequilíbrio emocional é o autoconhecimento, que pode ser aprofundado por meio da terapia. Ao se conhecer melhor, entender seus gatilhos, conflitos internos e padrões de comportamento, você estará mais preparada para equilibrar suas emoções e, consequentemente, suas atitudes", ressalta Monica Machado.
Por último, lembramos como é essencial a prática de atividades físicas para deixar sua mente melhor. Para além de qualquer objetivo estético, treinar diariamente é um aliado fundamental no combate à depressão, ansiedade e outros transtornos.
"Durante o exercício físico, o corpo libera hormônios e neurotransmissores, como serotonina, noradrenalina, endorfina e dopamina. Nos níveis ideais, estes hormônios aumentam a sensação de leveza e bem-estar, regulam o humor, a memória, a concentração, além de proporcionarem relaxamento e efeitos analgésicos", destaca a psiquiatra geral, supervisora na residência da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM) e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) Danielle H. Admoni.