Robinho quebrou o silêncio às vésperas de ser julgado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ) após condenação a nove anos de prisão na Itália por estupro coletivo. Alvo de uma pesada crítica pelo presidente Lula, que mostrou-se favorável a sua condenação também no Brasil, o ex-atacante do Santos negou ter abusado sexualmente de uma mulher albanesa em entrevista ao "Domingo Espetacular", da Record.
Robinho afirmou ainda que sua condenação no exterior se deu sem provas e apontou racismo contra ele. "Nunca fui santo, mas o fato de ter sido irresponsável e inconsequente não significa que sou criminoso", disse o ex-jogador. "Fui condenado por indução, mas eu nunca induzi ninguém a beber ou a estar lá", frisou em conversa com Carolina Ferraz.
"Tenho todas as provas de que isso não aconteceu. Como eu posso ser condenado se as provas mostram que não? Jamais eu cometeria um crime desses, nem outro", prosseguiu Robinho, que foi acusado por um amigo do crime.
No programa jornalístico, o ex-ídolo do Santos foi questionado para quem pediria perdão. "Para a minha esposa, sem sombra de dúvidas, e para todas as mulheres que gostam de mim, que me acompanharam, viram os áudios fora de contexto. Peço perdão pelos áudios grosseiros que fiz. Sou falho, sou humano, mas criminoso nunca", garantiu.
E Robinho voltou a se defender ao citar provas que o livrariam das acusações. "A mulher que me acusa de algo tão grave, tão bárbaro, ela lembra exatamente o que tinha acontecido no local, a cor da minha camisa, quantas pessoas estavam no local. Temos imagens de ela combinando com outra pessoa de só se aproximar de mim depois que minha esposa fosse embora. Isso prova que nada daquilo foi verdade", prosseguiu.
"Em nenhum momento ela estava alterada, mostrou um comportamento diferente, estava todo mundo se divertindo, brincando, temos imagens da mulher que me acusa dançando com outro rapaz. Não era um local violento, era bem calmo", completou citando não conhecer a denunciante.
Ainda disse não se lembrar do que ocorreu, que o beijo foi consensual, que exames toxicológicos indicaram não ser possível que ela estivesse inconsciente no momento, e que seu DNA não foi encontrado na vítima. Ao ser confrontado por áudios nos quais relata sexo oral, alegou ter sido obrigado a grava-los.
"Os áudios estão fora de contexto, eram pessoas que estavam me perseguindo, querendo arrancar dinheiro. Eu falo muitas coisas controversas, mas eu estava querendo me livrar daquela situação que estavam me extorquindo", disse. O caso lembra a condenação de Daniel Alves em crime de estupro e que pode sofrer um reviravolta nesta semana.