Daniel Alves recebeu ajuda em dinheiro de Neymar e com isso acabou vendo sua condenação por estupro ser reduzida para quatro anos e meio. O tempo é metade do que havia solicitado o Ministério Público (9 anos) e bem menor que a acusação (12 anos). Acontece que agora uma reviravolta pode acontecer e aumentar a pena do ex-jogador, que teve uma estátua vandalizada em sua cidade natal, Juazeiro (Bahia).
O MP espanhol, conhecido como "Fiscalía", vai agora investigar a doação da família de Neymar (R$ 800 mil, aproximadamente). Além disso, o órgão quer que seja anulada a "atenuante de reparação de dano", que levou a condenação de Daniel ser reduzida. O brasileiro segue preso desde janeiro de 2023, mas sua defesa quer o colocar em liberdade ainda este mês, embora tenha tido alguns habeas corpus negados em um ano após apresentar cinco versões diferentes para o crime (a última delas no tribunal).
De acordo com o jornal "El Mundo", o MP entende que a quantia depositada por Daniel, como se fosse "indenização antecipada", não pode ser colocada como "reparação do dano". A vítima de 23 na época do abuso sexual por sua vez foi contra receber o valor em mais de uma ocasião.
A promotoria e os advogados de acusação rejeitam levar em conta essa quantia pois Daniel Alves supostamente apresenta uma melhor condição financeira. "Nos preocupa um pouco que se transmita à sociedade que as pessoas com importante capacidade econômica podem ver suas penas reduzidas se pagarem uma quantidade significativa", justificou Ester García, que defende a jovem, cuja identidade e rosto foi exposta pela mãe de Daniel.
Enquanto Daniel segue preso, o Barcelona, um dos clubes pelos quais teve passagem marcante, recuou na decisão de apagar seu nome de uma galeria de mais de 100 jogadores lendários, o que foi comemorado por sua mulher, Joana Sanz.