Cleo Pires recebeu críticas por falar abertamente sobre sexo e admitir que fez mènage à trois com dois homens. No entanto, a atriz rejeitou a fama de polêmica e disse que se incomoda em virar o centro das atenções. "Eu fico com vontade de tomar uma pílula para dormir e só acordar quando a polêmica já for outra. O que mais me deixa irada é que concluo que isso só acontece porque vivemos numa sociedade desigual. Se um homem quiser falar dessas coisas, ele pode. Mas, se for mulher, é piranha. E isso é machismo", declarou em entrevista à revista "Glamour" de agosto. "Não gosto de ser polêmica, mas gosto menos ainda de ser hipócrita. E, muitas vezes, os temas são descontextualizados. Não é que eu acorde num dia sem ter o que fazer e poste nas redes sociais: "Bom dia, hoje fiz um ménage com dois homens", completou a atriz.
Cleo foi alvo de ataques nas redes sociais depois de revelar sua intimidade. No entanto, a atriz disse que não ligou para os comentários negativos. "Se você fala sério sobre sexo, reclamam que é chato. Se você fala com humor e honestidade sobre o assunto, te chamam de piranha. Quer saber? Piranha para mim não é xingamento, é quase um elogio", ironizou. Aliás, a apresentadora disse que tiraram suas declarações do contexto: "Era um quadro do programa do Caio Fisher, meu amigo, que se chama Eu Já. Ele perguntou se eu já havia ficado com mulher. Não, eu nunca fiquei com mulher. Depois, quis saber se eu já havia feito ménage à trois. Sim, eu fiz. Nas redes sociais, começaram mil comentários. 'Nossa, mas se ela não ficou com mulher e fez ménage, então, transou com dois homens.' Sim, dá para transar com dois homens, ué. Aquilo tinha um contexto, era uma resposta a uma pergunta. Me dá uma preguiça imensa perceber que sexo, a essa altura do campeonato, ainda gera essa comoção."
A atriz admitiu fazer parte do movimento feminista e disse que começou a pensar no assunto depois da campanha "Mexeu com Uma, Mexeu com Todas", criada após a figurinista Su Tonani revelar o assédio sofrido por José Mayer. Inclusive, Cleo disse que é necessário ser radical dentro da causa: "Sou feminista. E sim, precisamos. O não é não, não existe mais meio-termo. O caso da figurinista da Globo que sofreu assédio do Zé Mayer é representativo. Formou-se um grupo de mulheres dentro da própria emissora para dar apoio a ela. Aquela situação não era minha, mas me tocou. Por sororidade, aderi ao movimento".
(Por Tatiana Mariano)