Claudio Lins fala com naturalidade quando a temática é homossexualismo. O ator, que vai entrar em "Babilônia" para viver um romance gay com o personagem de Marcello Melo Jr. após a novela sofrer modificações, assumirá o posto que inicialmente caberia a Marcos Pasquim. Por pressão do público, acostumado a ver o ator no papel de galã, Gilberto Braga mudou a trama e desistiu de manter Pasquim como homossexual. Coube a Claudio Lins entrar na trama para fazer par com Marcello.
Ele já interpretou personagens gays no filme "Teu Olhos Meus" e na série "Questão de Família", do canal GNT, e é sócio de uma boate gay no Rio de Janeiro. "Será um trabalho desafiador, mas, ao mesmo tempo muito prazeroso. Não tenho problema com a sexualidade. Pra mim, é só mais um trabalho. Cada ator tem o seu limite e beijar outro homem pra mim não é o meu limite", diz em conversa com Purepeople.
Beijo gay não é problema para Claudio Lins: 'Beijo todo mundo. Cresci assim'
Desprovido de preconceitos, o ator diz não ter problema em beijar outro homem. Aliás, o hábito é uma constante na vida do artista. "Beijo meu pai, meu filho e meus amigos na boca. Cresci assim, beijando todo mundo. A única diferença entre beijar um homem e uma mulher é a textura de pele (risos). As pessoas acham estranho porque têm medo do diferente", compara.
Pai de Mariano, de 2 anos, fruto do casamento ocom Alexandra Di Calafiori, ele diz que não terá problemas com a sexualidade do filho caso seja homossexual. "O importante é o amor, é ser feliz. O resto é uma bobagem", pontua.
Claudio, inclusive, já foi bastante assediado pelo público gay. Sócio da boate Galeria Café, em Ipanema, Zona Sul do Rio, com a mulher, o ator já recebeu várias cantadas e "passadas de mãos", como diz o próprio ator. "Encarei com naturalidade. Não é a minha, não sou gay, mas respeito a opção sexual dos outros", explica.
Folhetim passou por várias mudanças
"Babilônia" vai sair do ar no final de agosto. A trama foi encurtada após sofrer problemas na audiência e ser rejeitada por parte do público mais conservador. Algumas histórias foram cortadas, como por exemplo, a personagem de Sophie Charlotte que seria prostituta e alvo do cafetão Murilo, personagem de Bruno Gagliasso.
Em entrevista ao jornal "O Globo", o autor Gilberto Braga se diz decepcionado com a baixa audiência do folhetim. "Até agora eu sofro a humilhação pública diária de perder para 'I love Paraisópolis'", desabafou o novelista, referindo-se à trama das sete da Globo que, na estreia marcou a maior audiência em 3 anos.
(Por Camilla Gabriella)