Cláudia Abreu comemora 43 anos neste sábado (12) e celebra de uma forma especial: nos palcos. Dez anos depois de estrelar a peça infantil que estreou nos anos 50 "Pluft - O Fantasminha", de Maria Clara Machado, a atriz está de volta ao teatro com o mesmo espetáculo. "Eu renovo os meus votos com a profissão lá no Tablado. Eu entrei com 10 anos, sem nenhuma pretensão de ser atriz e fui encontrando o meu lugar", disse durante participação no programa "Estúdio I", da Globonews, em agosto deste ano.
"Eu fazia jazz, vôlei, inglês, mas eu só queria ir para o Tablado. Aquilo foi natural", contou a atriz na ocasião, lembrando que chegou a voltar a fazer uma nova temporada com a peça durante cinco meses, mas não prolongou porque teria que se dedicar às gravações da novela "Celebridade", de Gilberto Braga. "Na época eu só tinha uma filha de 2 anos e depois tive mais três ao longo desse período, então eu pensei que tinha que empatar esse jogo com os outros. Acho que é um afeto muito carinhoso que vou deixar para os meus filhos e que vou dar na infância para eles. Essa peça é tão poética. Vai ser muito bacana para eles guardarem essa lembrança".
Durante a conversa com a jornalista Maria Beltrão, a atriz até lembrou da época em que atuou no espetáculo e sua filha começou a chamá-la durante um intervalo da encenação. "Ela começou a falar: 'Mamãe? mamãe?' Quando eu cheguei em casa expliquei que lá não era a mamãe, era o Pluft (risos)". Dona de uma produtora, Cláudia Abreu tem investido em projetos infantis. "Essa troca com criança é muito viva, verdadeira. Eu gosto muito de fazer, aliás, eu tenho vários projetos para criança na minha produtora, porque quem é mãe sabe que falta mais opções".
Recentemente a atriz esteve no programa "Na Moral", apresentado por Pedro Bial, e falou sobre a maternidade e suas cobranças pessoais, além dos desafios para manter a forma. Mãe de 4 filhos e casada com o cineasta José Henrique Fonseca, seu último papel nas telinhas foi como a cantora brega Chayene, na novela "Cheias de Charme".
A atriz e o cantor Carlinhos Brown foram homenageados este ano por suas contribuições nas artes durante o Brazilian International Press Awards, em Fort Lauderdale, na Flórida, em maio deste ano. Ainda em 2013, ela fez uma participação especial na estreia do humorista Marcelo Adnet na emissora no programa "O Dentista Mascarado".
Cláudia Abreu começou sua carreira no teatro levada por um tio: "Ele era ator das peças infantis do Tablado. Aos 10 anos, comecei a fazer aulas de teatro, juntamente com o curso de inglês, aulas de vôlei. Acabei me apaixonando pela atmosfera do Tablado. Foi o local onde encontrei a minha turma, as pessoas com quem mais me identifiquei", contou ao jornal "O Globo".
Sua primeira protagonista foi a Clara, na novela "Barriga de Aluguel", em 1990, de Gloria Perez. Ela trouxe o tema a público quando o assunto ainda era pouco falado no pais. Na trama, Clara era uma jovem que alugou a sua barriga para gerar um filho da personagem de Cássia Kis, a jogadora de vôlei Ana. "Foi muito difícil fazer porque eu não tinha a vivência da personagem. Tinha apenas 20 anos, não era mãe ainda e devia passar as emoções de uma mulher que estava gestando uma criança que, biologicamente, não era dela, mas que crescia junto com ela", comentou em entrevista ao "O Globo".
Em "Celebridade", ela viveu a primeira vilã de sua carreira como Laura. Seu apelido na trama e fora das telinhas era "cachorra", pois seu cúmplice, Marcos, interpretado por Márcio Garcia, a chamava desta forma. Em seguida, viveu Vitória na novela "Belíssima" (2005), de Silvio de Abreu, uma ex-menina de rua perseguida pela vilã Bia Falcão, vivida por Fernanda Montenegro. Em 2008, interpretou Dora Jequitibá, uma das protagonistas da novela "Três Irmãs". No cinema, trabalhou em 5 longas-metragens, sendo que em "O Homem do Ano", em 2003, foi dirigida pelo próprio marido, José Henrique Fonseca.