Seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, a Polícia Federal prendeu mais três pessoas neste domingo (24). Os irmãos Brazão, Chiquinho e Domingos, e Rivaldo Barbosa foram foram citados em delação premiada de Ronnie Lessa, autor dos disparos que mataram Anderson e Marielle, homenageada por Caetano Veloso em show dois dias depois de sua morte e exaltada pela atriz americana Viola Davis.
Após ser preso, o trio foi encaminhado ao presídio da Papuda, no Distrito Federal. Já Chiquinho Brazão, eleito deputado federal, acabou expulso de seu partido, o União Brasil, em decisão unânime. E entre tantos detalhes que só vieram à tona agora, um deles tem relação com o carnaval do Rio.
Presidente do Salgueiro entre 2008 e 2018, Regina Celi foi citada e aparecia como alvo de Ronnie Lessa. A investigação aponta que o ex-policial foi contratado por Bernardo Bello, contraventor do jogo do bicho e ex-presidente da escola de samba Vila Isabel, para executar Regina. Isso ocorreu entre o final de 2017 ao começo do ano seguinte.
Lessa afirmou ter sido contratado por Bello (ex-genro de Maninho, apelido pelo qual era conhecido Waldomiro Paes Garcia, morto em 2004 por problemas de saúde após o assassinato do filho Maninho, Waldemir) e contou com a ação de Edmilson Oliveira, conhecido como Macalé e assassinado em 2021. Ele receberia R$ 50 mil mensais.
Segundo o jornal "Extra", Regina está em campo oposto ao de André Vaz: ela estaria mais próxima de Shanna Garcia, irmã de Tamara Garcia, filha de Maninho. Por sua vez, André, eleito presidente do Salgueiro em 2018, representaria Bernardo Bello.
Ainda neste domingo, Regina Celi fez posts ao lado de Nossa Senhora com um pedido: "Nos abençoe sempre". Para o carnaval 2025, a ex-presidente do Salgueiro vai ocupar um cargo de apoio na Império da Tijuca, que acabou rebaixada para o equivalente à terceira divisão do carnaval do Rio, deixando de desfilar na Marquês de Sapucaí.