O Carnaval de 2022 do Rio de Janeiro, uma das cidades que entrou na lista de municípios que confirmaram os desfiles das escolas de samba, ainda não está completamente definido. O prefeito Eduardo Paes (PSD), que chegou a garantir, nas redes sociais, apenas a Sapucaí, tem lidado com a pressão dos patrocinadores da festa, que exigem uma definição a respeito dos blocos de rua.
De acordo com informações do portal "G1", foram investidos cerca de R$ 40 milhões em infraestrutura, como em banheiros químicos, por exemplo, que são instalados pela cidade principalmente por causa da festa gratuita.
Um dos tradicionais patrocinadores do Carnaval na cidade, a cervejaria Ambev, no entanto, fez pressão para que Eduardo Paes analisasse com calma o cenário. "Somos apaixonados pelo carnaval, mas o cenário ainda exige muita cautela. A saúde das pessoas deve vir sempre em primeiro lugar", começou a nota.
Ancelmo Gois, colunista do jornal "O Globo", explicou que o texto foi enviado não apenas à prefeitura do Rio, como às demais autoridades de outras cidades. "Diante do surgimento da nova variante de Covid-19 ao redor do mundo, contatamos as prefeituras parceiras e outros grandes realizadores do Carnaval para termos clareza sobre o calendário da festividade", continua o documento.
"Continuamos seguindo e endossando as recomendações médicas e sanitárias e das autoridades locais para uma celebração segura e responsável", finaliza a cervejaria.
Vale lembrar que, em dezembro, o Comitê Científico do Rio chegou a dizer que, no cenário da época, não via motivos para cancelar nenhuma das festas, nem a da Sapucaí e nem a de rua. Na sequência, porém, o próprio Eduardo Paes pisou no freio e afirmou que a realização dos blocos seria "difícil".
Com a autorização da prefeitura ou não, alguns cortejos já começaram a manifestar decisões internas, como o tradicional bloco carioca Banda de Ipanema. Os organizadores afirmaram que não pretendem desfilar antes de 2023 e que a festa deve ser rodeada de alegria, não preocupação.