O Carnaval de 2022 no Rio de Janeiro já foi confirmado, cancelado, confirmado novamente e agora mais uma vez vive na corda bamba. Embora outras cidades ao redor do país já tenham batido o martelo e dito "não" à folia, Eduardo Paes (PSD), prefeito da cidade, tem sido cauteloso ao avaliar o cenário. Até o momento, ele só garantiu os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí, nada mais.
A dúvida ganhou maior força na terça (21), quando o Comitê Científico da Prefeitura do Rio afirmou que promover o Carnaval na cidade era possível e não haveria nada, dentro do cenário atual, que pudesse atrapalhar a festa. A avaliação foi feita levando-se em conta, principalmente, os números de vacinação e as baixas taxas de Covid-19 no município.
O comunicado destacou, ainda, a vacinação para crianças a partir de 5 anos de idade, incentivando a encomenda dos imunizantes, uma vez que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) já liberou a Pfizer para a cobertura vacinal.
Na sequência, nesta quarta (22), Eduardo Paes voltou a se pronunciar sobre o assunto, deixando claro que se inteirou a respeito da liberação do comitê - órgão que tomou uma decisão diferente da do Comitê Científico do Consórcio Nordeste, aliás.
"Esclarecimento: a manifestação do Comitê Científico diz respeito ao momento atual", começou o prefeito nas redes sociais. "Faltam dois meses e meio para o carnaval. E, como já disse, vamos ter que diferenciar as diferentes formas de celebração. Estádio do samba (Sapucaí) permite controles. Na rua é mais difícil", avaliou.
Enquanto isso, as associações dos blocos de rua do Rio de Janeiro seguem sem uma decisão. Os grupos responsáveis esclareceram que preferem esperar até janeiro para avaliar melhor a situação, além de esperar um pronunciamento da prefeitura sobre o assunto, que até o momento não deu indícios de que permitiria ou proibiria a festa de rua na cidade.