O Carnaval 2022 no Rio de Janeiro ganhou mais empecilhos durante as festas de fim de ano: o aumento do número de casos suspeitos da variante ômicron, da Covid-19; e a alta da gripe na cidade, que está sendo tratada como uma epidemia.
Eduardo Paes (PSD), prefeito do Rio, vai se reunir com Daniel Soranz, secretário Municipal de Saúde, e com os responsáveis pelo Sebastiana, associação independente dos blocos de rua, para analisar a situação da folia no próximo dia 4 de janeiro, terça-feira.
Até o momento, Paes só deu certeza sobre a festa da Marquês de Sapucaí, porque o local teria controle de acesso com o passaporte da vacina e ainda forneceria teste de Covid para o público. O mesmo seria feito em relação às festas fechadas.
Já os blocos de rua, abertos ao público, não teriam controle algum - as associações responsáveis pela folia gratuita já tinham adiado a análise sobre a festa para janeiro, mas agora estão correndo atrás da decisão para soltá-la o mais rápido possível. Ainda não se sabe se apenas uma reunião com o prefeito será o suficiente.
Até o momento, alguns tradicionais blocos de rua do Rio de Janeiro já deixaram claro que não pretendem participar da folia de 2022. O Bloco da Preta, comandado pela cantora Preta Gil, não vai desfilar, assim como a famosa Banda de Ipanema.
E para quem acha que só o Rio de Janeiro acumula cancelamentos, São Paulo também segue pelo mesmo caminho. A cidade, embora tenha confirmado mais de 700 cortejos em uma nova lista oficial, não terá o tradicional Pipoca da Rainha, com Daniela Mercury, e nem o Bloco das Gloriosas, como Gloria Groove.
Apesar do receio das autoridades locais, e até o esclarecimento de Eduardo Paes, que vem sendo cauteloso ao falar sobre a folia, o Comitê Científico da Prefeitura do Rio chegou a dizer, por meio de pronunciamento, que, até o momento, não vê impedimentos reais para a festa de 2022.