O Carnaval de 2022 em São Paulo tem novas regras. Depois de cancelar os blocos de rua na cidade, agora a prefeitura decidiu acatar as sugestões da Liga-SP, que representa as escolas de samba, e fazer modificações importantes nos desfiles para evitar que a festa na avenida também seja vetada.
Uma das mudanças mais importantes é a obrigatoriedade da máscara para todos os componentes das agremiações e para o público. Embora fosse uma exigência esperada, há uma novidade. Agora, o acessório de proteção fará parte das fantasias e, se verificado pelos jurados que os desfilantes a usam de modo incorreto, as escolas perdem ponto na competição.
O quesito "Harmonia", que avalia se os componentes estão cantando o samba-enredo da escola, foi descartado dessa vez, justamente porque não será possível averiguar a questão. Já na parte de "Fantasia", os jurados agora precisam levar em consideração o uso da máscara.
Vale lembrar que, até o momento, os ensaios na avenida estão suspensos. Ainda não há certeza se eles voltarão a acontecer com a frequência de antes, mas a expectativa é que não.
Mesmo com as mudanças propostas e aceitas, que ainda implicam na redução de componentes por escola, além da comprovação de vacinas do público e de todos os componentes, ainda há o risco de a festa no Sambódromo do Anhembi ser cancelada. Isso porque os casos de Covid vem aumentando e preocupando as autoridades ao redor do país, inclusive no Rio, onde o comitê científico já disse que desaconselha a festa.
As decisões em São Paulo, incluindo as mudanças propostas e aprovadas, foram tomadas na reunião desta quarta (19) e envolveram não apenas a prefeitura e a Liga-SP, mas também a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), além da Secretaria de Saúde.
É importante ressaltar que, antes do cancelamento dos blocos, o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), também chegou a propor soluções para tentar manter os cortejos na programação. Algumas dessas propostas envolviam a migração da festa de rua para locais de melhor controle de público.
Ainda assim, as propostas não evitaram o veto do Carnaval, que àquela altura já tinha até uma lista oficial com quase 700 blocos na programação. O mesmo pode acabar acontecendo com os defiles.