Camila Pitanga destacou, em entrevista à revista "Cosmopolitan", a importância do feminismo em sua vida e cotidiano. "O feminismo não é contra alguém. Ele é a favor. Entender isso é importante. Dar a mão para o feminismo, para mim, é isso. É estabelecer novos paradigmas e novos limites, mas muito mais no sentido de ser a favor de um bem comum do que ser contra alguma coisa", ponderou a artista, engajada na luta de gênero.
Questionada sobre rumores de rivalidade entre ela e Taís Araújo, ela negou qualquer diferença. "Conheço a Taís há muitos anos. Fico até com os olhos cheios d'água porque há admiração e respeito e sempre soubemos que temos uma à outra. É preciso desmitificar essa ideia de rivalidade. Ninguém está tirando o lugar de ninguém", afirmou. À publicação, a mãe de Antonia, de 10 anos - com quem sempre é clicada durante momentos em família - valorizou o aumento de artistas negras. "Tem uma mulherada negra poderosa abrindo o cenário, os espaços, semeando: a Iza, a Lellêzinha, a Karol Conka", afirmou Camila, que tem a igualdade racial como outra de suas bandeiras.
Na entrevista, Camila também relembrou o ano sabático após a morte de Domingos Montagner, seu par romântico em "Velho Chico", morto em um acidente durante as gravações. "Quando você passa por um susto, por uma coisa trágica e forte, você redimensiona o que tem de mais delicado. Então acho importante a conexão com a delicadeza do tato, do sentir, do cheiro. É algo que independe de grana", argumentou sobre o colega de profissão, homenageado por ela quando a tragédia completou um ano. Em ano eleitoral, a atriz comentou ainda as transformações vividas no cenário político brasileiro nos últimos anos. "É como se tivessem tirado uma cortina, uma lente de certo romantismo que existia pelas conquistas que tivemos, mas que encobria uma série de contradições que não foram superadas", avaliou Camila.
(Por Marilise Gomes)