A atriz Danièle Watts, que participou do filme "Django", foi formalmente acusada por atentado ao pudor em público. A artista foi indiciada junto com o namorado Brian James Lucas após os dois terem sido flagrados e detidos pela polícia de Los Angeles, nos Estados Unidos, em suposto ato sexual no carro, há seis semanas.
Depois da acusação, a atriz, que é negra, se disse vítima de racismo. Em seu Facebook, Danièle disse que foi confundida com uma garota de programa e algemada pela polícia por demonstrações de carinho em público com o namorado.
"Quando estava sentada na parte de trás da viatura da polícia, eu me lembrei das inúmeras vezes em que meu pai chegou em casa frustrado, ou humilhado pela polícia, sem ter feito nada de errado", desabafou.
A atriz também publicou uma imagem com a frase "Quando as pessoas temem o governo, isso é tirania. Quando o governo teme o seu povo, isso é liberdade", do ex-presidente americano Thomas Jefferson, que foi o principal autor da declaração de independência dos Estados Unidos.
Danièle e o namorado foram presos depois de uma denúncia de um cidadão se queixando da "exposição indecente" de duas pessoas em um veículo estacionado com a porta aberta. O site "TMZ" obteve a gravação feita pela polícia, que mostra que ela estava furiosa e tentou fugir dos policiais e, por isso, eles a algemaram. Depois de conferirem o vídeo e o áudio feitos pela polícia, os investigadores chegaram à conclusão de que os dois realmente cometeram atentado ao pudor.
O casal terá que comparecer no dia 13 de novembro à Justiça. Se forem considerados culpados, os dois podem ser condenados a até seis meses de prisão e a pagar uma multa de US$ 1 mil.