Nicolas Ahnert comemora a boa fase profissional. Aos 22 anos acaba de ser visto na série "Passaporte para a Liberdade", está no elenco do filme "Lulli", estrelada por Larissa Manoela, e surge em flashbacks da novela "Quanto Mais Vida, Melhor!" como Guilherme na juventude, dividindo o papel com Mateus Solano. O médico é um dos quatro protagonistas que ganha uma segunda chance na vida após acidente aéreo.
Ao Purepeople, o ator conta ter trocado ideias com o colega de elenco para comporem junto o filho de Celina (Ana Lucia Torre) e Daniel (Tato Gabus Mendes). "Eu e Mateus tivemos algumas conversas, estudando e entendendo como seria o corpo e o jeito do Guilherme, mas também fui atrás de outros trabalhos dele. Havia um duplo desafio de interpretar um personagem novo e que ainda teria uma continuidade em outro ator", explica.
"Era importante saber como ele reverberaria no corpo e nos trejeitos do próprio Mateus. Foi uma dupla pesquisa", prossegue Nicolas, escolhido para testes pelo produtor de elenco Guilherme Gobbi. "Nos encontramos remotamente com o Allan, diretor artístico da novela, e em alguns dias recebi a ligação que tinha sido aprovado para fazer o Guilherme na fase jovem", acrescenta o artista, que acumula passagens por musicais como "Isso Que É Amor".
"São linguagens muito distintas, TV e Musical. O audiovisual exige um outro tipo de interpretação que não é o mesmo do palco ao vivo. E tem sido muito instigante explorar as potencialidades de cada um", vibra o colega de elenco dos irmãos André e Carlos Silberg, gêmeos surpreendidos com o retorno positivo do público.
Já em relação à série que retratou a vida de Aracy de Carvalho e sua atuação frente ao combate ao Nazismo, Nicolas recorda ter assistido filmes como "A Lista de Schindler". "Fui construindo a personalidade do (líder nazista) Hans nesse cenário", diz a respeito do personagem classificado como ambicioso e imaturo, e que achava ter mais poder do que tinha.
"As cenas eram bem pesadas. Mas tínhamos uma preparação e um cuidado especial entre nós, atores. Muitas cenas de ação, tudo era muito coordenado. Nos preparamos para estar naquele ambiente e jogar aquele jogo, na forma de personagens que marcaram uma fase tão sombria da nossa história, mas sabendo que estávamos falando sobre algo maior: a importância dos feitos da Aracy e dessa esperança no meio do caos", aponta o capixaba.
"Era uma responsabilidade imensa, contar essa história nos dias de hoje. Mas acredito que fizemos da maneira certa", reflete o ator da trama das sete de Mauro Wilson. E, por outro lado, Nicolas colhe a oportunidade de ver um personagem bem diferente em "Lulli", como o estudante Ricardo.
"Ele faz parte de um grupo de cinco amigos que estão entrando no internato. Ricardo e Lulli se conhecem desde o início da faculdade. São amigos, saem para beber juntos. Mas ele sempre foi mais reservado, nunca foi muito de se abrir. As meninas tem um interesse nele, nesse cara estudioso e misterioso e que carrega um segredo que só vai ser revelado no final do filme", define.