Após internação em estado grave por Covid-19, a atriz Elizangela confessou que não se vacinou contra a doença e disparou uma série de declarações polêmicas sobre o imunizante durante uma entrevista virtual para o ator Thony Di Carlo. Atualmente, ela trata as sequelas da enfermidade e tem utilizado um suporte de oxigênio para respirar melhor.
Sem apontar provas ou citar estudos, Elizangela afirmou que a vacina contra a Covid-19 é um experimento, informação já desmentida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em setembro do ano passado. "Não [tomei], não quero, não é vacina, é experimento. Não sou cobaia."
Elizangela ainda classificou como "fake news" as acusações de que seria antivacina. "Eu não sou contra a vacina. Todo mundo se vacinou a vida inteira. Sou uma senhora de 67 anos que vai tomar a vacina da gripe", pontuou.
Ao contrário da informação confirmada pela Prefeitura de Guapirimim, no Rio de Janeiro, que revelou que a atriz testou positivo para a Covid-19 dias antes da internação, Elizangela se nega a admitir que foi internada em estado grave por complicações da doença. "Se tive [Covid-19], foi muito leve. Durante todo esse tempo busquei me fortalecer".
Elizangela, que permaneceu internada durante quatro dias, nega ter sido entubada e acredita que foi acometida "simplesmente" por uma pneumonia. "Na verdade, eu estou me recuperando de uma pneumonia, simplesmente. O médico achou melhor me internar porque a minha oxigenação estava baixa".
Vale destacar que todas as vacinas distribuídas no Brasil foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em setembro do ano passado, a organização negou que os imunizantes contra a Covid-19 sejam experimentais e reforçou que eles tiveram os dados de eficácia e segurança aprovados. "Todas as vacinas em uso no Brasil tiveram condução de estudo de fase três de pesquisa clínica", garantiu o órgão.
Todas as vacinas distribuídas no Brasil mostraram efetividades contra mortes ou casos mais graves da Covid-19, segundo a diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi. É a vacinação, inclusive, que evitou um colapso ainda maior no começo de ano, quando o aumento de casos de Covid-19 chegou a bater 129% em uma semana.
No Rio de Janeiro, estado onde Elizangela mora e esteve internada, dados divulgados pela secretaria de Saúde do Estado e publicadas pelo G1 revelam que pessoas não vacinadas ou que só receberam uma dose têm 73% mais risco de serem internadas com a doença do que os imunizados com duas doses.