Sucesso em "Babilônia" , Camila Pitanga acaba de completar 38 anos com tudo em cima e é uma das atrizes mais queridas da sua geração. Em entrevista ao "Caderno ELA", do jornal OGlobo, ela contou que lida com tranquilidade quando o assunto é envelhecer e que nunca passou por crises por causa da idade.
"As crises vêm em função do que você vive, das dores, dos dilemas. Não têm datas certas para aparecer. Vivi muitas crises, mas nunca em função de uma idade".
A mãe de Antonia, de sete anos, revelou ainda que a maternidade a ajudou no processo de autoconhecimento e amadurecimento. "Todas as coisas têm seu tempo. Acho que envelhecer faz bem para você sentir mais o outro. O fato de ser mãe também te faz sair da sua esfera e ter um olhar mais amplo para saber como alguém pode te ouvir. Porque a questão não é dizer, mas fazer sentido. Dizer verdades é fácil, mas ter delicadeza e sentir quando as palavras têm o seu lugar, isso só vem com a maturidade", disse.
No entanto, Camila, que namora Sérgio Siviero há um ano, reconhece que ainda tem uma longa estrada pela frente: 'Não me considero nem um pouco madura, tenho chão pela frente. Espero ainda viver muita coisa e não me prender a certezas".
Atriz relembra maturidade precoce: 'Tive que me organizar muito cedo'
Por conta da doença da mãe, Camila lembrou que precisou cuidar da casa e da família muito cedo. Filha de Antônio Pitanga, a atriz diz que adora ser cuidada, mas sente que tem uma tendência maior para cuidar:
"Tive que me organizar muito cedo, mas não foi o trabalho que me deu isso. Foi o fato de eu ter sido a mulher da casa desde os 9 anos. Ter as coisas no seu devido lugar, cuidar do meu irmão, de mim mesma. Tudo isso foi uma necessidade, ainda que meu pai tenha sido maternal, presente e zeloso das coisas mais básicas", pontou a morena, que faz terapia desde os 19 anos.
Com o fim da trama de Gilberto Braga, Camila Pitanga pretende pisar no freio e curtir uma rotina simples. Isso inclui os cuidados com a filha e retomar as aulas de violão. "É importante dar um tempo quando um trabalho acaba. Quero viver a rotina da Antônia, voltar a ler, estar com meus amigos, participar de grupos de estudo".
(Por Naiara Sobral)