Anitta não vai mais participar da sequência de "Tropa de Elite", filme no qual teria papel de destaque, por conta de falta de data na agenda, conforme confirmou a assessoria de imprensa da cantora ao Purepeople nesta sexta-feira (25). Convidada pelo roteirista Rodrigo Pimentel, a funkeira se chamaria Larissa, seu nome de registro, e entraria para a polícia por necessidades financeiras. Na história, ela ficaria decepcionada ao ver como funciona as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) do Rio de Janeiro. No início da semana, Anitta participou da primeira edição do MTV MIAW, onde concorreu em nove categorias e levou três prêmios.
No início do mês, Anitta disse ao jornal espanhol "El País" que sofreu preconceito no começo da carreira por ser mulher. "Como mulher, tudo é mais difícil para mim. Não podemos fazer o que queremos. Tudo é mais difícil. Tenho minha empresa, meu escritório. Quando comecei minha carreira por conta própria muitas pessoas me disseram que isso não funcionaria. Por quê? Por ser mulher? Por saber dançar? Por que eu posso ser inteligente e dançar bem? Me criticam mais por ser mulher e jovem. O vídeo 'Vai Malandra' é a essência brasileira. Me inspirei em vivências da minha juventude", comentou.
Já em abril, Anitta falou sobre sua trajetória ao participar do Brazil Conference at Harvard & MIT. "Antes de cantar, eu nunca tinha ido à zona sul do Rio de Janeiro. Então é muito difícil você cantar o 'barquinho vai, a tardinha cai' se você nunca viu essas coisas. O funkeiro canta a realidade dele. Se ele acorda, abre a janela e vê gente armada e se drogando, gente se prostituindo, essa é a realidade dele. Para mudar as letras do funk, você tem que mudar antes a realidade de quem está naquela área. Na favela, você fica sem oportunidade. Você chega na escola pública, principalmente agora com aprovação automática, você sai e não tem previsão de futuro. Não estou dizendo que o funk é a salvação da pátria, mas eu conheço inúmeros funkeiros, inclusive que eu ajudei, que antes eram traficantes, se drogavam", afirmou.
(Por Patrícia Dias)