Eleita Mulher do Ano pela GQ Brasil, Anitta se pronunciou sobre as críticas que recebeu de MC Carol e MC Kátia nas redes sociais. MC Carol discordou de algumas falas da cantora durante entrevistas que a artista concedeu no exterior, afirmando que foi a primeira a abrir espaços para as mulheres do funk no Brasil. "Oi, Kátia. A Jojo me mandou seu vídeo. Assisti e queria te responder porque eu respeito muito você, a Tati Quebra Barraco, MC Sabrina, Perlla, e várias outras mulheres do funk que eu cresci ouvindo e me fizeram ter minhas referências de funk feminino. Sempre respeitarei vocês", afirmou a "poderosa", gravando a segunda temporada da série na Netflix.
Anitta explicou para as MC's e o público o que quis dizer durante a entrevista para a imprensa internacional. "Acho que fui mal interpretada e gostaria muito de te explicar o que eu quis dizer. O funk sempre viveu de altos e baixos. Quando eu comecei, estava novamente no momento onde não tocava em programação diária de rádio que não fossem específicas do funk. Não era respeitados em grandes festivais renomados no Brasil. O que eu quis dizer foi que eu e minha equipe batalhamos muito pra isso, e eu, particularmente, sofri muito para conquistar certos tipos de reconhecimentos fora do nosso nicho das pessoas que já curtiam e entediam o funk", comentou a cantora, cujo plano é se aposentar aos 30 anos.
Conquistando o mercado internacional, Anitta destacou também a importância de dar visibilidade para as novas cantoras para que o funk se mantenha em alta. A artista, que negou deixar o Brasil para morar nos Estados Unidos em 2020, citou ainda o preconceito e falta de aceitação ao ritmo: "Eu quis passar uma experiência minha, que eu vivi, de muito preconceito e falta de aceitação quando estava fora dos círculos funkeiros. Espero que você entenda. Máximo respeito a todas as mulheres que tiveram e tem coragem de cantar funk e enfrentar os preconceitos. Saiba que eu nunca vou esquecer todas as funkeiras que foram inspiração pra mim: Perlla, Sabrina e Lanny, por exemplo, as que eu mais me inspirei. Me sinto responsável, sim por muita coisa boa que tem acontecido com o funk nos dias de hoje. Mas sei que eu nem teria nada disso em mente se não tivesse crescido escutando e dançando vocês todas".
(Por Patrícia Dias)