Caso de sucesso, Ana Hickmann é a celebridade brasileira que mais ganha com licenciamentos. Por ano, a apresentadora fatura em torno de R$ 400 milhões com empresas com seu nome. Conciliando família e negócios, a artista revelou que foi vítima de machismo no passado. "Sim, principalmente no meu começo como empresária. O mercado ainda é muito machista. Já tive que bater na mesa e dizer: 'o nome é meu, o rosto é meu, ou vai ser do meu jeito ou não vai ser' para que entendessem o recado. Entenderam. E do meu jeito tem funcionado. Hoje, sou respeitada, mas não é certo ter que me provar dobrado só pelo fato de ser mulher, de ser modelo", disse à revista "Glamour" de novembro.
Hickmann tem mais mulheres em sua empresa. Porém, a apresentadora não se rotula como feminista: "As pessoas precisam olhar para a capacidade do indivíduo, e não para o seu sexo. Sou a favor dos direitos iguais e luto por eles. Se o feminismo é isso, sim. Mas sou contra o radicalismo. Quando há radicalismo, vejo mulheres se tornando tão machistas quanto homens. Na minha empresa, a maioria dos funcionários é mulher, não porque quero empregar mais mulheres, mas porque as mulheres que entrevistei tinham melhor qualificação. Meu marido e meu cunhado [Gustavo Correa] são meus sócios; além deles, outros quatro homens integram a equipe. Mulheres? Trinta e tantas".
Com uma agenda atribulada, Ana consegue equilibrar sua tarefas no dia a dia e recebe bastante apoio do marido, Alexandre Correa, de quem pensou em se separar no passado: "Tenho uma agenda pior do que a de médico, mas aprendi a administrar o meu tempo porque é o único jeito de fazer o que quero, o que amo e o que preciso. Sou muito perfeccionista, me cobro muito. Não sou supermulher, embora tenha energia de sobra para as minhas funções. Meu marido atua bastante como sócio e pai. Mas, no fim, sou eu quem controlo tudo. Sou dona do meu tempo".
Mãe de Alexandre Jr.,alvo de xingamentos de hater no Instagram, Hickmann se preocupa em dar uma vida normal para o filho. À revista, a apresentadora explicou que teme o mundo em que o menino vai crescer: "Esse falso moralismo me assusta. Esse caso da exposição do MAM, em SP [em que um homem nu foi tocado por crianças], é um exemplo disso. Eu não levaria meu filho para aquela exposição, mas fechar o museu por isso? Chamar de pedofilia? Não concorde, mas respeite. Enquanto se discute isso, o Brasil afunda em corrupção, violência e desigualdade. As pessoas julgam demais".
(Por Tatiana Mariano)