O julgamento civil sobre a morte de Michael Jackson - ocorrida em 2009 - continua rendendo muitos detalhes antes desconhecidos, como as informações desta quinta-feira (28). A mãe do Rei do Pop, Katherine Jackson, moveu um processo contra a produtora de shows AEG Live responsabilizando-a por ter sido negligente ao contratar o médico Conrad Murray, que estava cuidando de Michael Jackson quando ele morreu enquanto se preparava para uma série de shows.
Agora, T.J. Jackson, sobrinho de Michael e também um dos guardiões dos três filhos do saudoso cantor - Prince, Paris e Blanket, de 16, 15 e 11, respectivamente - disse em juízo que Jackson era um homem familiar e humilde, que ajudava os parentes em épocas de necessidade. "Ele me mantinha inspirado e ambicioso. Ele simplesmente estava lá comigo", declarou o também cantor, em lágrimas.
Murray já foi condenado em 2011 por homicídio culposo, por ter dado medicamentos que mataram o cantor. Em contrapartida, a AEG Live alega que o astro já era dependente de medicamentos antes de assinar o contrato, e que a empresa não poderia saber que o médico causaria a morte do artista.
T.J. é o segundo parente de Michael a depor, já que o primogênito do cantor e agora repórter, Prince, falou na quarta-feira. Segundo o sobrinho, vocalista do grupo R&B 3T, formado ao lado de mais dois irmãos, "Michael era extremamente humilde sobre ser tão famoso... E era incrível ver o contraste" de como o resto do mundo o enxergava e tratava.
Ele também reiterou a fala de Prince, que disse que a morte do pai afetou muito mais a filha do meio, Paris - que tentou o suicídio recentemente. "A perda do meu tio a atingiu num nível diferente. Ela era a garotinha do papai, meu tio era o mundo dela", afirmou T.J., que em fevereiro pediu um aumento na ajuda de custo para continuar a cuidar dos filhos do tio. Ele é casado e tem três filhos próprios.
A menina ainda pode ser chamada para depor, de acordo com o advogado da família, Brian Panish. Michael Jackson como pai tem sido o centro dos depoimentos no julgamento.