Nos próximos capítulos de 'A Regra do Jogo', Adisabeba (Susana Vieira) vai salvar a vida de Zé Maria (Tony Ramos), ajudando-o a escapar da polícia. Foragido, ele vai até o Morro da Macaca para encontrar Djanira (Cássia Kis), sua outra paixão do passado, e o filho Juliano (Cauã Reymond), que o esconde na boate de Adisabeba. No dia seguinte, ela leva um café da manhã na cama para ele. "Café na cama não é nada, perto de quem tá atrás da bandeja. Olhe pra isso, Zé Maria , olha bem o mulherão que você perdeu!", diz ela. "Isso, eu tô cansado de saber. E você continua a mesma deusa de sempre", responde ele. "Que bom escutar elogio logo cedo. Ainda mais vindo de alguém que já me dispensou um dia", diz ela, que deixa Abner com ciúmes de seu carinho com o ex.
"Nunca te mereci. Já imaginou se a gente tivesse ficado junto? Que roubada isso teria sido pra você? Você não ia ter marido, ia ter um homem fugitivo, que nunca ia estar por perto na hora que você precisa. Sua sorte foi que a gente terminou!", desabafa Zé Maria. Adisabeba retruca e diz que ia querer ficar com ele assim mesmo. "Mas tá tudo certo. Eu sou uma mulher vivida, sei o que a paixão é capaz de fazer com um homem. Você se apaixonou pela Djanira. Fim de jogo pra mim. Quando eu perco uma batalha sou a primeira a reconhecer!", fala ela.
Adisabeba faz questão de relembrar Zé Maria que foi ele quem a tirou da vida de prostituição e, por isso, ele merece sua ajuda: "Eu apanhava todo dia daquele desgraçado daquele mequetrefe que ainda por cima ficava com metade do que eu ganhava. Você ficou com pena de mim. Tomou as minhas dores. Deu uma surra bem dada no filha da mãe. Ele nunca mais apareceu. Eu me apaixonei por você na hora. Queria que você ficasse com vinte por cento da grana que eu fazia. Achava que um homem só ia querer saber de alguma coisa comigo se fosse desse jeito. Você não quis a grana. Quis me namorar! No começo eu nem entendia: como é que alguém quer me namorar? E você quis! Você me salvou, Zé! Eu te devo muito mais que você imagina". Zé Maria se emociona: "Você não me deve nada".
Escondido no carro de Adisabeba, Zé foge da polícia e deixa Morro da Macaca
Adisabeba garante ainda que acredita na inocência de Zé Maria, acusado de ter comandado o massacre de Seropédica que matou os pais de Tóia (Vanessa Giácomo), filha adotiva de Djanira. "Condenaram um homem inocente e eu não me conformo com isso. Independente de qualquer outra coisa, você merece". Disposta a livrar o amado das garras da polícia, a chefe da favela esconde Zé em um fundo falso no banco traseiro de seu carro. Na saída do Morro da Macaca, Dante (Marco Pigossi) faz um sinal para ela parar e pede para revistar o veículo. "Revistar o meu carro?! Tá doido, rapaz? Você sabe com quem você tá falando? Tô com pressa, dê licença. Tenho uma reunião marcada com o governador, que por acaso é seu chefe, não é?", diz ela.
Dante ignora a reclamação de Adisabeba e insiste: "Meu chefe vai gostar de saber que tô fazendo meu trabalho direito. A senhora pode saltar do carro, por gentileza? Acredito que a senhora não tem nada a esconder". Irritada, ela sai do carro e disfarça a tensão. Os policiais abrem o porta-malas, verificam a caçamba, mas não descobrem o esconderijo debaixo do banco. "Pode ir, dona Adisabeba. Recomendações minhas ao governador", fala Dante.
"Vou falar de você, sim. Com toda certeza", responde ela, arrancando com o carro. Logo depois, Adisabeba para o carro numa rua vazia e Zé sai do esconderijo: "Não sei como te agradecer. Dizer obrigado é muito pouco. Você salvou a minha vida...". "Não precisa me agradecer de nada. Se fosse o contrário, você não ia fazer o mesmo? Te cuida, Zé Maria", fala ela, carinhosa. Os dois se despedem e ele some.
(Por Mariana Mastrangelo)