Rebeca Andrade, sensação na ginástica artística, acabou de vencer o ouro no solo das Olimpíadas de Paris 2024 e quebrou um importante recorde no Brasil. Acompanhada da mãe no ginásio, que se emocionou e vibrou muito com a conquista da atleta, muita gente tem se perguntado perguntou sobre o seu pai, que não é presente em sua vida.
Acontece que, na trajetória dourada da atleta, nem tudo foram flores. Vinda de uma infância muito humilde, Rebeca Andrade passou muitas dificuldades e, entre elas, a ausência do pai, Ricardo Andrade, foi uma das mais doloridas. Ele saiu de casa quando a ginasta ainda era muito pequena e, como resultado, ela foi criada apenas por sua mãe, dona Rosa.
Embora não comente muito sobre seu pai e a relação com o genitor, em uma participação no programa do Faustão, na Band, no ano passado, Rebeca Andrade, que também levou a prata no individual geral, finalmente abordou a relação com Ricardo, garantindo que, apesar de não tenha tanto contato, o ama e nutre boas lembranças.
"O meu pai é meu pai e nunca vai deixar de ser meu pai, eu amo muito ele, tenho um carinho enorme e lembranças muito boas com ele, mas como eu saí muito cedo de casa, a convivência, não só com ele, mas com a minha mãe e meus irmãos também, ficou mais distante", disse a ginasta, que levará uma bolada em valores de medalha nestas Olimpíadas.
Na época, quem também apareceu na atração foi o próprio Ricardo Andrade, que falou pela primeira vez na TV sobre sua relação com a ginasta. Além de relembrar da filha nos primeiros anos de sua carreira no esporte, ele explicou sua ausência na família durante o crescimento da ginasta.
"Eu e a mãe dela, como muitos, não demos certo como casal. Mas, graças a Deus, eles [filhos] tiveram uma boa educação, muito amor, não só a Rebeca. Meus filhos sempre foram muito cabeça, mesmo com pouca idade", contou ele, emocionado. Ao todo, Rebeca tem 7 irmãos, todos criados por sua mãe, que também a ajudou durante as grandes dificuldades de sua carreira.
Rebeca, depois do depoimento do pai, destacou que a ausência de Ricardo não foi fácil de lidar, principalmente em momentos especiais em sua vida e carreira: "Foi muito difícil, porque a distância é dolorida, minha família sempre se fez muito presente, mas meu pai não acompanhou tanto essa parte do esporte porque ele não estava tão próximo".
"É por isso que eu falo mais da minha mãe e dos meus irmãos, eles acompanharam mais o meu começo. Agradeço muito pelos pais que eu tenho, mesmo com as dificuldades que tivemos com a questão deles, ficando distantes, mas faz parte. Eu sou uma pessoa feliz, saudável, resolvida, com muita gente que me ama e é o que desejo para as pessoas também", encerrou a ginasta, que sai de Paris 2024 com o melhor desempenho em uma Olimpíada da sua carreira.