"A Rainha da Pérsia" está chegando ao fim - o último capítulo vai ao ar nesta sexta-feira (26) - com sensação de dever cumprido para Julia Prado, de 28 anos. A personagem da atriz, Amirah, foi uma das pedras no sapato de Ester/Radassa (a estreante Nathalia Florentino), assim como Amétris (Camila Rodrigues). Mas para Júlia, há diferenças entre as duas, analisa ao Purepeople.
"A Amétris ganha nessa disputa (risos). As duas são muito diferentes, tem proporções diferentes também. A Amirah trás um peso mais de menina invejosa, que no fundo é uma vilã mega complexa. A Amétris trás uma força diferente, em outro lugar. Trás um empoderamento, num lugar poderoso de rainha", aponta Júlia, em seu segundo trabalho na Record, após "Reis".
Apesar da vilania de Amirah, Júlia se diverte com a reação irritada do público. "Ele é muito envolvido com a história, então ficam superbravos, contestam... Acho divertidíssimo. Torcida a favor acho difícil, mas tenho recebido muitos feedbacks das pessoas elogiando meu trabalho, falando que esta até difícil de separar a atriz da personagem", prossegue a artista cuja carreira começou aos 7 anos em Santos (SP).
Para ela, sua personagem pode sim passar por um mudança no fim de "A Rainha da Pérsia". "Acredito mesmo que a Amirah é capaz de se regenerar. Ela também tem seu lado 'luz', só que ela se deixou levar pelas suas sombras, fez péssimas escolhas. Qualquer um de nós está sujeito a isso. No final das contas, a Amirah quer ser amada, igual todos nós", indica a atriz que se desdobra ainda no mundo das artes plásticas, da dança e de uns esportes.
Júlia conta ainda não ter visto as duas versões anteriores de "A Rainha...", batizadas de "A História de Ester" (1998 e 2010). "Optei por não ver. Claro que conheço a história de Ester e estudei, mas queria viver esse processo como se fosse a primeira vez mesmo. Não queria ter como base outras referências pra não acabar me influenciando na minha própria criação", justifica.
E nesse processo de criar sua própria vilã, a atriz até elegeu um perfume para a rival de Ester. "Essa é uma parte divertidíssima que gosto de fazer sozinha. É um complemento dos meus estudos. Eu sou muito sensorial, então o cheiro me remete demais as sensações", explica.
"Escolhi um perfume que se chama 'Ange ou Demon' (Givenchy), que fazia muito sentido com a Amirah, não só pelo nome, mas pelas notas bem incensadas e místicas dele. É um perfume forte, misterioso, sedutor, mas que pode ser romântico também. Ele tem várias faces, assim como a Amirah", finaliza.