A morte repentina de Djidja Cardoso ganhou um novo desdobramento após a prisão da mãe e do irmão da ex-sinhazinha do boi Garantido, do festival folclórico de Parintins (este ano, o evento ocorre entre os dias 28 a 30). Aos 32 anos e dona de cinco cobras de estimação, a empresária foi encontrada sem vida em sua casa em Manaus (Amazonas) e ainda não se sabe o motivo do óbito.
Segundo a investigação, tanto a mãe, o irmão, e como a própria Djidja integravam a seita religiosa "Pai, Mãe, Vida" que teria um forte cunho religioso. A empresária vinha sendo alvo de uma investigação da Polícia Civil amazonense em acusação de obrigar seus funcionários a consumirem um tipo de droga, a ketamina, que produz efeitos alucinógenos.
Agora, os responsáveis pelo caso revelaram que Djidja acreditava ser Maria Madalena, mulher que na Bíblia aparece possuída pelo mal. Já a mãe da empresária, Cleusimar, achava ser Maria, e seu filho, Ademar, seria Jesus Cristo, relatava o jornal "O Globo".
Por ora, a polícia não trabalha com a hipótese de assassinato. "A morte tem peculiaridades, principalmente pela possibilidade de uso de fármacos psicotrópicos. Há a possibilidade de ter havido um abuso que levou ao óbito dela", afirmou o delegado Daniel Antony, da Delegacia de Homicídios.
"Para que eu possa dizer que teve uma morte violenta e um homicídio, preciso de elementos de autoria. É o que estamos levantando", prosseguiu Antony. Enquanto isso, três funcionários do salão de beleza da família de Djidja tiveram pedidos de prisão por tráfico de drogas e associação para o tráfico.
Contra Ademar Cardoso pesa ainda um mandato por estupro, crime que fez Daniel Alves ser condenado na Espanha, e Robinho, tanto no Brasil como no exterior. Em unidades do salão de beleza foram encontradas seringas e a ketamina, droga obtida irregularmente em clínicas de veterinária. Supostas vítimas relataram cárcere privado e terem sido dopadas.