Condenado por estupro coletivo contra uma jovem em uma boate na Itália, Robinho cumpre pena no Brasil desde o último dia 21, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Dias após a prisão, vem à tona uma informação que liga o caso a outro crime que chocou o país.
Segundo informações do site G1, Robinho é representado por Pedro Junior Rosalino Braule Pinto. Trata-se de Pedrinho, que, em 1986, foi sequestrado em uma maternidade de Brasília horas depois de nascer. O advogado trabalha no escritório que faz a defesa do jogador e seu nome aparece na consulta pública do processo.
O caso Pedrinho, amplamente divulgado pela imprensa durante décadas, inspirou a novela "Senhora do Destino", exibida originalmente pela TV Globo em 2004, dois anos após a descoberta do sequestro.
Filho de Jayro Tapajós e Maria Auxiliadora Rosalina Braule Pinto, Pedro foi sequestrado no dia 21 de janeiro de 1986, em uma maternidade privada da capital federal. Durante anos, foram poucos os indícios do paradeiro do menino, mas as coisas passaram a mudar mais de 10 anos depois graças à internet. As fotos do rapaz ainda bebê foram publicadas em sites como Missing Kids e SOS Criança, que ajudavam a procurar crianças desaparecidas.
Em 2002, 16 anos depois de crime, o jovem Osvaldo Martins Borges Júnior, residente em Goiânia, foi identificado como o bebê desaparecido. A sequestrada era Vilma Martins. Ela alegava que o bebê havia sido entregue ao marido por um gari.
Quem ajudou a solucionar esse mistério foi Gabriela, neta do marido de Vilma. Ela achou Osvaldo bem parecido com o bebê desaparecido e começou a investigar o caso por conta própria na internet. A moça ficou ainda mais impressionada quando viu a foto do pai biológico por conta da semelhança com o jovem. Ela, então, ligou para o SOS Criança e as investigações do caso foram reabertas. Um exame de DNA confirmou que o rapaz era o bebê desaparecido há mais de 15 anos em Brasília.
Em maio de 2003, Vilma foi presa após ser condenada a 15 anos e 9 meses. Cinco anos depois, ela ganhou o direito de cumprir pena em regime aberto. Ainda no mesmo ano, obteve a liberdade condicional com um terço da pena já cumprido. Pedro passou a morar com os pais biológicos, mas não deixou de manter contato com a mãe adotiva.