Nesta quinta-feira (7), a polícia argentina prendeu três suspeitos de envolvimento na morte do cantor britânicoLiam Payne , ex-integrante da banda One Direction. Entre os detidos estão um funcionário do hotel CasaSur Palermo, onde o artista estava hospedado; um empresário argentino, que era amigo de Payne; e um traficante local.
Segundo o promotor Andrés Esteban Madrea, os suspeitos respondem por acusações de "abandono de pessoa seguido de morte" e "fornecimento e facilitação de entorpecentes", conforme relatado ao portal Sky News.
O incidente aconteceu em 16 de outubro, quando Payne caiu do terceiro andar do hotel em Buenos Aires, resultando em politraumatismos e hemorragias internas e externas que causaram sua morte imediata. De acordo com o jornal argentino La Nación, o empresário é acusado de ter abandonado o cantor em um momento crítico e de não ter comunicado sua família sobre o estado do artista. Registros da polícia mostram que o número de telefone do empresário estava associado à reserva do hotel, mas ele não atendeu a nenhuma ligação depois que o corpo foi encontrado.
Um exame toxicológico preliminar realizado pelo Instituto Médico Legal argentino detectou a presença de cocaína, crack e clonazepam - tranquilizante conhecido como Rivotril - no organismo de Payne no momento de sua morte. Além disso, a polícia encontrou bebidas alcoólicas e comprimidos no quarto do cantor.
Em uma declaração à Associated Press, Pablo Policicchio, diretor de comunicações do Ministério da Segurança de Buenos Aires, afirmou que Payne "caiu da varanda do hotel", mas a investigação procura entender se houve algum fator externo que tenha contribuído para o incidente.
Além das detenções, as autoridades realizaram operações em várias localidades, incluindo a residência dos suspeitos, o próprio hotel e um campo de golfe próximo. Durante as buscas, foram apreendidos nove celulares, três computadores e duas unidades de armazenamento de dados.
Ainda segundo o La Nación, a polícia também investigou uma possível conexão entre o cantor e duas mulheres, que ele teria contratado por meio de um aplicativo de acompanhantes. Uma delas, que teria estado com Payne na noite de sua morte, desapareceu após prestar depoimento e está sendo procurada.
O promotor Madrea esclareceu que o estado de consciência de Payne no momento da queda estava "significativamente reduzido" devido ao consumo das substâncias detectadas, o que pode ter contribuído para o acidente. Mais de 800 horas de imagens de câmeras de segurança foram analisadas como parte do inquérito.