Em junho de 2021, em meio à pandemia de Covid-19, Juliana Paescausou polêmica na internet ao falar em 'delírios comunistas' para expressar sua opinião sobre o cenário político brasileiro da época. Alguns artistas criticaram publicamente a expressão usada pela morena, que se arrependeu. Nesta quarta-feira (19), em entrevista ao podcast 'Desculpa Alguma Coisa', a protagonista de 'Pedaço de Mim' admitiu o equívoco na frase e voltou a falar a respeito de seu posicionamento político.
Após ter sido cobrada indiretamente por Samantha Schmutz, Paes se viu 'obrigada' a publicar um vídeo explicando que não era 'bolsominion'. Na ocasião, o Brasil passava por mais um período crítico da pandemia de Covid-19 e as vacinas já eram uma realidade. "Não sou bolsominion. Quero vacina, sim, tenho críticas severas a quem nos governa", expressou Juliana no Instagram, reforçando estar em um 'lugar de desamparo'. "Eu não apoio ideais arrogantes de extrema-direita, eu não apoio delírios comunistas da extrema-esquerda", declarou.
Dois anos depois, em conversa com Tati Bernardi, Juliana refletiu sobre a polêmica. "Sofri horrores, porque eu tenho um temperamento muito ponderado. Nunca me vi envolvida em grandes surtos, polêmicas. É da minha formação. Eu gosto de ponderar as coisas e quando todo mundo quer brigar, sem poderar, vira um campo de guerra", disse ela.
Com relação ao uso do termo 'delírios comunistas', Paes pontuou: "Talvez eu tenha usado uma expressão que não caiu bem, mas o que eu queria dizer é que, entre um extremo e outro, tem um caminho".
Ainda este ano, ao jornal 'O Globo', a carioca admitiu ter criado um trauma por causa do 'cancelamento' que viveu na época do pronunciamento controverso. "Virei o alvo perfeito. Por um bom tempo, tive medo de abrir meu celular. Acabei terceirizando minhas redes sociais para ficar afastada dos comentários. Fiquei impressionada com os lugares que as pessoas me colocaram... Me adicionaram rótulos que nunca me descreveram, fui chamada de 'Bolsominion' [...] Demorei a entender que eu estava deprimida", explicou.
"Nunca tinha sentido nada parecido. Mas passei a ter pensamentos que não eram de vida, como 'para que a gente vive?', 'por que a gente está aqui?', 'por que você me jogou aqui? Não queria ter vindo'. Tomei antidepressivo por um tempo e parei. Iniciei a terapia, que havia evitado a vida toda, e mergulhei nos meus treinos físicos", desabafou.