A criança de 9 anos que invadiu um hospital veterinário, em Nova Fátima (PR), e matou 23 animais de pequeno porte ficou cerca de 40 minutos na fazendinha. Ao verificar as imagens das câmeras de segurança, os proprietários e também médicos veterinários Brenda Rocha Almeida Cianciosa e Lúcio Barreto se depararam com os atos de crueldade, que chocou a cidade de pouco mais de 7 mil habitantes.
Segundo eles, alguns bichos foram arremessados contra a parede, tiveram as patas arrancadas e foram esquartejados. "É uma situação horrível, a gente, que já há muitos anos cuida dos bichinhos com o maior prazer, com o maior amor, e, de repente, no dia de uma festa seguinte de Dia das Crianças, chegar e se deparar com uma cena daquelas é uma sensação horrível de impotência, de tristeza", lamentou.
Os veterinários contaram ainda que o menino estava presente na comemoração de inauguração. Ao voltar ao local na noite do dia seguinte para atacar os animais, a criança estava acompanhada de um cachorro.
"Foi muito triste. Eu cheguei aqui e vi todos os animais jogados no chão. A princípio, eu achava que tinha sido o cachorro. Um dia antes, a gente tinha acabado de realizar um sonho. Estava tudo perfeito e, no outro dia, nos deparamos com uma cena horrível", disse Brenda em entrevista à Record.
Do animais que foram mortos, apenas uma sobreviveu: uma coelha. O animal acabou ganhando o nome de vitória após massacre. "Sobreviveu uma só, tadinha. Na verdade, acreditamos que ela também foi jogada, porque ela não estava na gaiolinha dela. Ela estava em outro lugar e foi a única que ainda estava viva. Agora, o nome dela é Vitória", contou Lucio Barreto ao Metrópoles.
Nas rede sociais, os veterinários gravaram um vídeo nas redes sociais e agradeceram o apoio dos internautas neste momento delicado. "Muito obrigado a todos. A comunidade se empenhou em ajudar a gente a descobrir quem era. Muitas mensagens de apoio e preocupação. Estamos aqui para agradecer toda a região", disse Lúcio. Brenda acrescentou: "Passando para agradecer a cada um de vocês pela preocupação e pelas mensagens".