[ALERTA: o texto a seguir pode conter gatilhos para vítimas ou pessoas sensíveis a assuntos relacionados a abuso sexual]
Após P. Diddy ser denunciado mais de 100 vezes por abuso sexual, pela primeira vez, uma suposta vítima do rapper se pronuncia publicamente. Um homem, que afirma ter sofrido violência do rapper nos anos 2000, concedeu uma entrevista à CNN nesta terça-feira (10).
O homem, que preferiu não se identificar, afirma que trabalhava em uma empresa de segurança privada e foi escalado para uma "festa do branco" de Diddy em 2007, em East Hampton, Nova York.
No carro, Diddy teria segurado o acusador e abusado dele, apesar dos apelos para que ele parasse. Na queixa, o homem diz que acredita que foi drogado com ácido gama-hidroxibutírico (GHB) e ecstasy. “Eu não conseguia ficar em pé”, diz ele, que completa: “Foi um nível incrível de incapacitação que eu nunca havia experimentado antes e me senti impotente”.
O segurança conta que relatou o crime ao seu supervisor, mas nada foi feito. “Ele simplesmente desconsiderou e disse, ‘vou falar com ele’. Depois disso ele não falou mais comigo e me cortou de tudo… Eu fui totalmente marcado depois disso, tive que encontrar uma área diferente”, expôs.
Ele ainda afirma que uma celebridade, que não teve o nome citado, presenciou tudo. “Houve um indivíduo de alto perfil que viu o que aconteceu e achou engraçado”, garante.
A suposta vítima afirma que convive com os traumas até hoje e, por não conseguir desabafar sobre a violência com a esposa, chegou a terminar um casamento. “A gravidade total disso vive comigo até hoje. Isso afeta cada coisa que você faz pelo resto da sua vida”, afirmou à CNN.
A CNN, no entanto, apontou inconsistências entre as informações dadas na entrevista e a queixa apresentada em outubro. No processo, ele diz que o abuso aconteceu em 2006, mas neste ano, a festa do branco de Diddy ocorreu em outro local. Em 2007, ano que ele diz na entrevista, o evento aconteceu mesmo em Nova York. Ele também não menciona ter sido casado na queixa. Os advogados informam que alteraram as informações e afirmam que os erros ocorreram na pressa de protocolar a denúncia.