Xuxa 60 Anos: Rainha dos Baixinhos abre o jogo em entrevista reveladora feita pelos súditos
Atualizado em 27 de março de 2023 17:13
Publicado em 27 de março de 2023 06:07
Por Matheus Queiroz | Notícias dos famosos, TV e reality show
Jornalista por vocação, apaixonado por música, colecionador de CDs e neto perdido de Rita Lee.
Xuxa completa 60 anos de vida nesta segunda-feira (27) e embarca em um desafio ousado proposto pelo Purepeople: uma entrevista toda formulada pelos fãs. Confira a reportagem especial!
Xuxa 60 anos: Rainha dos Baixinhos abre o jogo sobre beleza, política e mais temas em entrevista surpreendente Xuxa 60 anos: Rainha dos Baixinhos topou o desafio de ser entrevistada pelos próprios fãs a convite do Purepeople Xuxa 60 anos: para conferir a entrevista exclusiva do Purepeople, clique em 'Voltar à matéria' no topo da página Xuxa estreou na TV como apresentadora infantil em 1983 O 'Xou da Xuxa' foi ao ar em 1986, consagrando-a como a Rainha dos Baixinhos
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O que você perguntaria para Xuxa se estivesse diante da Rainha dos Baixinhos no aniversário de 60 anos?

Em seus 40 anos de televisão, Maria da Graça Xuxa Meneghel (Santa Rosa/RS, 27 de março de 1963) foi uma personalidade cuja vida teve uma cobertura massiva por parte da mídia. O parto da filha, Sasha, que teve 10 minutos de destaque no "Jornal Nacional", é um dos mais memoráveis exemplos.

No entanto, ainda existem muitos detalhes desconhecidos, não apenas do mito Xuxa, mas, também, da mulher que ela se tornou em meio à chegada da nova década de vida.

Por isso, o Purepeople cedeu espaço a quem mais ama Xuxa para concluir uma difícil - e deliciosa - missão: descobrir novos segredos e se aprofundar em mais curiosidades sobre os 60 anos de uma lenda.

Nossa reportagem convocou, através de perfis de fã-clubes e grupos nas redes sociais, fãs de todo o Brasil para formular perguntas; Xuxa topou o desafio e respondeu às melhores. A seguir, você confere uma sabatina exclusiva com a Rainha dos Baixinhos feita por seus fieis súditos! Logo após a reportagem, ouça na íntegra a entrevista com a apresentadora.

XUXA RESPONDE PERGUNTAS DOS FÃS A CONVITE DO PUREPEOPLE

Alexandre Arimatéia: Xuxa, primeiramente, parabéns pelos seus 60 anos, muita saúde! Você sempre nos ensinou sobre o poder de sonhar e acreditar. Você tem algum sonho que ainda pretende realizar? Beijos, te amo.

Oi, Alexandre, obrigada pela sua pergunta. Tá na cara que meu sonho que falta realizar é vocês pararem de me chamar de tia Xuxa. Primeiro, eu odiava que vocês me chamassem de tia Xuxa, né? Depois, eu comecei a adorar que me chamassem de tia Xuxa. Eu tô louca que vocês me chamem de vovó Xuxa! Esse é o meu grande sonho.

Gisele Hetzel da Silva: Do que você sente saudade na carreira? E na vida?

Na vida, com certeza minha mãe. Não penso e não quero outra coisa, não quero outra saudade que não seja essa, que é minha maior saudade. Claro que eu tenho outras saudades também de pessoas que se foram, pessoas com pelo e sem pelo que eu gostaria que estivessem perto de mim. O que eu sinto saudade profissionalmente? Mais crianças perto de mim, aqueles gritinhos de 'Xuxa, eu te amo!', me agarrando, me beijando, me abraçando. Tinha intervalo de programa que eu parecia um cacho de uva! Tinha umas duas crianças penduradas em uma perna, duas em outra, outra no braço. Saudades de virar um cacho de uva de criança de novo!

Max Aires: Xu, você vai voltar a gravar músicas ou discos? E voltar a cantar nos programas que você for? Sentimos saudades sempre da tua voz e das mensagens passadas.

(risos) Max... Então, Max... Eu vou te dizer uma coisa pra não te chocar, mas vou ser rápida: eu não canto. Então, não tem como eu fazer isso. A única coisa que eu posso te dizer com a maior sinceridade do mundo: eu tô fazendo até um carinho no ouvido das pessoas não tentando cantar mais. Porque depois com o tempo, a sua voz fica mais fraca, ainda mais eu que nunca fiz aula de canto, nunca gostei da minha voz. Minhas cordas vocais foram muito estraçalhadas, eu gritava pra cantar, estão machucadas. Cantar, hoje em dia, não é legal. Agora, soltar o playback e fazer uma terceira voz, porque eu já dobrava a minha voz pra sair a voz que vocês ouviam, até posso arriscar. Agora, cantar... Não! Inclusive, o Ju tem uma música incrível que ele quer muito que eu cante com ele, mas vai ficar na vontade, na saudade das pessoas como você, Max. Tia Xuxa não canta!

Jonas Henrique Alves: O que você faz quando Junno e Sasha não estão em casa com você?

Eu grudo na Doralice, a Doralice tá sempre comigo. Eu sempre aperto ela, beijo ela o máximo que eu posso e aí que eu mato minha saudade de tá com alguém que me passe energia boa. Minha Doralice e eu, eu e ela.

Diego Souza: Xu, algumas vezes você falou em adoção, ainda pensa em ter mais um baixinho ou vai só esperar pra ser vovó?

Então, Diego, eu acho que o lance de adoção é muito bacana. Muito bacana. Só que, no meu modo de pensar, eu não gostaria de entrar numa fila como normalmente é feito, esperar dois, três anos, com todos os requisitos pra ver se eu poderia adotar ou não. Eu gostaria de olhar pra uma criança, ela se apaixonar por mim e eu por ela e dizer: 'Você é minha filha' ou 'Você é meu filho, eu quero'. Isso aconteceu antes da pandemia em Angola com um menino chamado Betinho, mas ele tinha um pai, um pai cego e uma mãe que o abandonou. Infelizmente, eu não pude adotá-lo. Tentei de todas as maneiras, mas não deu. O pai queria que ele crescesse e ficasse trabalhando pra ele. Então, é isso. Acho que agora só me resta fazer uma coisa que eu quero muito: ser avó. Mas se... Não vou dizer 'dessa água não beberei', mas se rolar oportunidade, a possibilidade de encontrar um dia um pequeno ou uma pequena que olhar pra mim e eu sentir que é meu, como o Betinho eu senti, eu vou fazer o possível de novo pra que fique comigo.

Rafael Souza: Xu, muito se fala da sua chegada aos 60 anos. Você, que já nos ensinou tantos truques caseiros de beleza, ainda faz algum? Mamão no rosto ou água de coco continuam sendo usados ou é coisa do passado?

Rafael, eu acho que mamão no rosto, água de coco, é tudo bacana. Passar limão com açúcar, sem tá perto do sol, obviamente, à noite numa sauna, é legal fazer. Mas chega uma hora que existe uma palavra que não tem mais no teu corpo, que é colágeno. Não adianta você fazer nada disso que tua pele não fica de outro jeito, a não ser que você use aquelas máquinas poderosas. Eu tenho uma dermatologista no Rio de Janeiro, que é a Dra. Karla Assed, e tenho uma dermatologista em São Paulo, a Dra. Adriana Vilarinho. Eu chego lá e falo: 'e aí? E as máquinas?'. Tiro o mamão e ponho uma máquina poderosa que doi, que pinica, que pica, mas que daí diz que a pele fica boa. E é nessas que eu tô agora me segurando, entendeu? Porque mamão é pra vocês que são jovens, que a pele fica mais bonita. Agora, pra nós, que já passamos de uma certa idade, é só mesmo essas coisas que doem pra caramba, mas que dão um efeito bem bacana.

Monalisa Barcellos: Quando isso ainda não era pauta, você já era muito defensora de uma "educação positiva", e por muitas vezes, no passado, foi muito criticada por isso. Como você se sente ao ver que nos dias atuais a educação positiva vem ganhando cada vez mais espaço na criação das próximas gerações?

É a mesma coisa que você usar uma camiseta escrita assim: "Não à pedofilia". Quem é "sim à pedofilia"? "Não à violência". Quem é o doido que é "sim à violência"? "Não" pras coisas ruins, seja racismo, homofobia... Educação do bem é educação que você tem que chegar e tentar, porque é difícil ensinar. Mas violência gera violência. Se você levanta a mão pra uma criança, ela vai aprender que pode levantar a mão também pra uma pessoa menor, mais fraca que ela. É isso que ela vai aprender, ela não vai aprender o que você quer ensinar. Na minha opinião, educação positiva é você perder o seu tempo, ou melhor, ganhar o tempo com seu filho. É sentar, é conversar, é dizer 'isso tá certo', 'isso não é legal', 'isso tá errado', 'poderia ter sido feito desse jeito, daquele jeito'. Demora mais, mas é o certo. Essa educação positiva que as pessoas estão falando hoje em dia, que é uma coisa que já falava há muito tempo, não é mais ou menos que dar amor, receber amor, dar respeito e receber o respeito, dar carinho e receber o carinho. Não é uma mão única. 'Vou dar paulada e não quero que você grite comigo porque eu sou sua mãe', 'Eu vou te botar de castigo porque você merece', 'Eu vou bater em você porque você não vale nada'. Tudo isso é negativo, não leva a nada a não ser uma educação dolorida, marcas que não saem. E não adianta as pessoas falarem 'Ah, mas eu apanhei do meu pai e eu sou tão legal'. Eu não apanhei do meu pai e da minha mãe e sou mais legal que você, tá?

Gabriel Silva: Xuxa, as últimas eleições se mostraram reveladoras pra você, pessoas próximas de você, como colegas da classe artística e alguns fãs, te desapontaram muito. O que você sente sobre isso?

Gabriel, eu acho que, nessas eleições, deu pra gente ver quem são as pessoas de verdade. Não acredito que seja só um desapontamento. É você se conscientizar, é você realmente saber que essas pessoas não eram quem você imaginava que fossem. Aliás, tinham pessoas muito perto que as pessoas diziam: 'Cuidado, essas pessoas só te usam, quando querem alguma, ficam rindo, ficam perto de você, ficam te bajulando'. E eu achava que não era verdade, que meu coração não podia tá tão enganado. E tava. Essas pessoas, na primeira oportunidade que viram um cara com um sinal de arma na mão, disseram: 'É esse cara que eu quero seguir'. Esse cara que falava que se tivesse um filho gay, ele ia matar pra nascer de novo. Essas pessoas ficaram do lado. Esse cara que disse que mulher tem que andar atrás do homem, que tem que ganhar menos que o homem, que ele fraquejou quando teve uma filha. Essas pessoas ficaram do lado. A primeira chance que esse cara teve pra destruir a natureza, pra queimar, por ganância e acabar com os indígenas... Essas pessoas ficaram do lado desse cara! Essas pessoas que ficaram do lado desse homem que é um velho babão que olha uma criança de 13, 14 anos e diz que "pintou um clima" entre eles dois. Que nojo desse cara e dessas pessoas! Então, não é uma decepção, eu me conscientizei, eu tive a certeza de que realmente eles não mereciam estar do meu lado. Caíram as máscaras. E que bom que isso aconteceu! Porque essas pessoas eu realmente não quero mais perto de mim. Fizeram parte da minha vida, mas se Deus quiser... Eu rezo sempre, eu falo: 'Afastai-me de todo o mal, amém'. Afastou! Olha só que bom! Eu tô muito feliz com isso. E agradecida ao cara ruim lá da arminha que me fez ver isso que eu não via.

Fábio Shimada: Sabemos que você se sente bem com as condições atuais, sem contrato fixo com emissora para poder fazer o que sente vontade sem ter nenhum problema de exclusividade. A pergunta é: o que faria você voltar a fazer programa em canal aberto? Qual proposta seria irrecusável?

Criança. Nossa... Se tivesse um programa onde eu pudesse fazer alguma coisa que eu ainda não fiz pra criança e que me desse um prazer imenso de fazer, ter contato de novo com elas e elas comigo... Nossa! Faria de olho fechado. Amarradona, 'amarradérrima'. Mas acho que a televisão tem que dar oportunidade pras pessoas novas, pra gente nova, pra cara nova, pra programas diferentes. E não sei, não sei se eu me encaixo nisso daí, entendeu? Eu quero ver e guardar tudo que eu vivi, o melhor momento dos anos 1980, que eu tirei todo proveito, 90 e tal, e guardar numa caixinha muito boa. Mas se você me perguntar assim: 'e se vier alguém com uma proposta muito boa, você vai dizer não?'. Claro que não! Não sou louca, vou dizer sim rapidamente. Mas, agora, sem a ideia na mão, acho que o espaço tem que ser pra outras pessoas.

Julito Ibrahim: Se você pudesse deixar um bilhete para a Xuxa criança, o que escreveria para ela?

Acredite menos nas pessoas. Abrace mais a sua mãe, beije mais a sua mãe, cheire mais a sua mãe. Conviva mais com os seus irmãos. Diga mais a eles o quanto você gosta, sente falta. E, principalmente, coloque na sua cabeça que as pessoas mentem e usam muito, enganam muito as pessoas. Eu diria não só pra criança, eu diria também pra mim agora: existem dois tipos de pessoas no mundo, as que enganam e as que são enganadas. Eu sou a que sofro. Obviamente, sobrou essa pra mim. Eu sei que você vai ser muito enganada, Xuxinha, mas se segura, tá? Segura, tenta falar menos, acreditar menos, pra doer menos.

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