A morte de Lucas, filho de Walkyria Santos, completa uma semana e a cantora fez um novo vídeo para a sua conta de Instagram, nesta terça-feira (10). A artista está na capital federal para tentar transformar em lei um projeto que defende as vítimas de ataques na web, como ocorreu com o adolescente. Lucas tirou a própria vida após ser atacado em rede social depois que gravou vídeo fingindo que daria um beijo em amigo.
"Hoje faz sete dias que perdi meu anjo. Meu príncipe (apontando para a camisa com o rosto do garoto). Mas não quero chorar. Hoje não vai ser dia de choro, não. Hoje vai ser dia de luta e vitória. Cheguei em Brasília, estou em Brasília. Quero pedir a todos os deputados federais, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco. Brasil. E aos senadores que, por favor, votem na lei Lucas Santos em caráter de urgência. Eu não salvei meu filho, mas a gente pode salvar o seu", desabafou, emocionada.
"Hoje não vou chorar, vou lutar. Preciso do apoio de todos vocês. Me ajudem, peçam, marquem, me ajudem! Com essa lei vai haver punição aos ataques, sejam homofóbicos, para denegrir a imagem, para diminuir as pessoas. A gente precisa parar com isso. A gente precisa parar essas pessoas que usam a internet para o mal", prosseguiu a artista, que vem ganhando apoio de famosos e anônimos em seu luto.
Em suas redes, a cantora vem relatando a saudade do filho, para quem presta diversas homenagens. E no fim de semana, a artista negou que Lucas fosse homossexual e afastou que ele tenha sido agredido pela tia. "Vejo muita gente falando que ele acabou fazendo isso porque tinha muito medo da tia. Minha irmã é mais que uma tia, foi muito mais mãe que eu. Ela repreendia muito mais que eu, até porque eu sempre trabalhei fora, cantando", explicou.
"Ela tinha que ter aquele pulso firme com eles e Lucas tinha aquela mania de falar: 'tia, vou colocar uma armadura porque a senhora vai me dar uma pisa (surra)'. Nunca levou uma pisa, só beijo e abraço", garantiu a mãe de Bruno (20 anos) e Maria Flor (de 10).
"Muitos estão se perguntando: 'ele era gay e estava com medo de assumir?' Não, meu filho não era gay. E se fosse, seria meu filho do mesmo jeito. Foi uma brincadeira de adolescente que ele achou que fosse ser engraçado e as pessoas não entenderam", frisou.
"Parem de julgar, de apontar... Parem de fazer fake com a imagem do meu filho. Deixem a gente passar por esse luto... Já está tão difícil", pediu.