"Amor à Vida" já completou um mês no ar, mas a novela caiu nas graças do público logo na primeira semana. Walcyr Carrasco, autor da trama, fez um balanço sobre a novela e afirmou estar surpreso com o sucesso de Félix (Mateus Solano).
"Eu sigo atentamente a novela nos números de audiência e, para minha surpresa, não há nenhum personagem rejeitado. O triângulo principal Paloma (Paolla Oliveira), Bruno (Malvino Salvador), Ninho (Juliano Cazarré) aconteceu. O triângulo César (Antonio Fagundes), Pilar (Susana Vieira) - Aline (Vanessa Giácomo) também. E o Félix (Mateus Solano) é um fenômeno, inclusive na internet. Nunca pensei que o gay do mal faria tanto sucesso", disse em entrevista à coluna de Patrícia Kogut, do jornal carioca "O Globo" desta sexta-feira (21).
Com a internet, a relação entre o público e o autor fica muito mais estreita. Walcyr disse que recebe muitos emails, conversas e palpites dos telespectadores. "Inclusive, há quem eu não veja há muito tempo e que me liga propondo bordões para o Félix".
César está previsto para morrer, aproximadamente, no capítulo 80. O diretor do hospital San Magno terá um ataque do coração quando descobrir todos os golpes do filho na administração da empresa. "Desde que o Fagundes foi escalado, eu informei que não pretendia matá-lo, pelo menos tão cedo. Só um autor maluco abriria mão de um ator como Antonio Fagundes", explicou Walcyr.
O autor falou ainda da cobrança de médicos e enfermeiros quanto a veracidade das informações nas cenas dos profissionais.
"A cobrança está bem light, na verdade. Mesmo porque até agora não fiz nenhuma crítica ao comportamento no trabalho dos profissionais de saúde. Sinto mais uma preocupação das enfermeiras, mas nenhuma cena foi criticada abertamente. Mesmo porque a história que eu conto é da família e das pessoas daquele hospital, com suas emoções, amores, sua vida, enfim... Estou falando de seres humanos, não de representantes estereotipados de qualquer profissão. Mesmo assim, estou com uma assessoria médica contínua, para não dar informações erradas. Eu sinto que as enfermeiras são as mais combativas. Uma delas, por exemplo, recentemente me enviou uma mensagem no Facebook dizendo para eu rezar para não precisar de enfermeira, porque elas se vingariam. Acho a mensagem muito antiprofissional, até mesmo assustadora. Acredito que, antes de falarem comigo, as associações de defesa das enfermeiras deveriam fazer uma autocrítica e cobrar uma postura mais profissional diante dos fatos da vida! Ou vão querer se vingar de escritores e jornalistas, por exemplo, quando forem internadas?".