Quem amou usar vermelho nas últimas temporadas vai ficar feliz com as tendências que estão saindo das passarelas do São Paulo Fashion Week. A semana de moda paulistana, que vai até a sexta-feira (26 de outubro) vem trazendo trends que passam por uma nova forma, mais sustentável, de se consumir e já mostrou que o estilo western está em alta.
Já há duas temporadas o vermelho vem trazendo foça, poder e mais alegria aos looks, especialmente os monocromáticos, tanto nas passarelas quanto nas araras das lojas. De acordo com o SPFW, na próxima temporada não será diferente. A cor apareceu tanto em looks mais minimalistas, como os da passarela da Osklen, quanto nos românticos, como as criações de Patricia Bonaldi para a PatBo. O designer iniciante Victor Hugo Matos investiu na cor para produções com pegada étnica. Já Helena Pontes, que aposta nos tecidos naturais e nas formas limpas, usou o vermelho para trazer mais emoção a seus visuais que são pura calma. A LED, que aposta em tons vibrantes em todas as suas coleções, mesclou o tom mais quente a outros igualmente marcantes, como amarelo, azul e laranja.
No dia a dia vale apostar na cor em looks monocromáticos, trend forte na temporada e que garante a elegância no ato! Mas se essa não for sua onda, os florais e as estampas gráficas que vêm com as tendências para as próximas temporadas podem suprir essa necessidade de mais vibração nos looks.
O projeto Top 5, uma parceria do São Paulo Fashion Week com o Sebrae, leva novos talentos de todos os cantos do país para a maior semana de moda do país e tem foco em uma cadeia produtiva sustentável para pensar o futuro da moda. Nesta edição a mineira LED, do designer Célio Dias, se destacou pela proposta sem gênero e sustentável que sua grife propõe. "O desfile trouxe o nordeste como inspiração e teve o objetivo de falar de representatividade e desmistificar a figura do 'cabra macho'", conta Célio. A marca, que nasceu sem gênero ("um assunto já ultrapassado", acredita Célio) trabalha com cores vibrantes desde o início e, segundo Célio, busca traçar um mix de tecnologia com artesanato, sobretudo com o crochê. "Entendo que consegui dar uma cara contemporânea para esse trabalho que, muitas vezes, é considerado vintage. Célio, que se destacou na semana de moda também por usar uma t-shirt com o dizer "Ele não" para sua entrada final na passarela, conta que o posicionamento "em prol da humanidade e da empatia", está no DNA da marca que consegue crescer levantando essa bandeira. "Não é simplesmente uma questão política, mas humana", diz. Em alta nesta temporada, o crochê também apareceu na coleção da designer Karine Fouvry, que apostou em um desfile todo artesanal com looks em off white que remetem, também, ao nordeste e, sobretudo, à contribuição africana na cultura nordestina.