Titãs lança CD polêmico e vocalista assume possível rejeição: 'Risco é grande'
Publicado em 28 de maio de 2014 14:22
Por Purepeople
Os Titãs se despediram da fase light com o novo lançamento do CD "Nheengatu". O 18º álbum da banda chega ao mercado carregado do mesmo rock que levou o quarteto a se ser inserido no topo de uma das bandas referência em rock no Brasil na década de 80, quando lançaram "Cabeça dinossauro" (1986). Temas atuais voltam a fazer parte do setlist que está longe de abordar o romantismo. De acordo com Paulo Miklos, que concedeu entrevista ao jornal "Extra" desta quarta-feira (28), o foco da banda é o presente. Com sonoridade enxuta - guitarras, baixo, bateria e teclado - a banda volta a abordar questões políticas e polêmicas ao falar de temas como igreja, política e pedofilia. "O que a gente voltou a fazer foi uma coisa mais focada. Em vários momentos da carreira fizemos trabalhos mais focados, que buscavam uma linha. E, invariavelmente, um momento assim, mais fechado de temas ou de sonoridades, nos leva a um momento seguinte, em que a gente quer abrir, porque dá uma sufocada. Já fizemos discos c
Titãs lançam Nheengatu', o 18º álbum da banda recheado de letras polêmicas e que marca a volta do rock pesado do quarteto
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Os Titãs se despediram da fase light com o novo lançamento do CD "Nheengatu". O 18º álbum da banda chega ao mercado carregado do mesmo rock que levou o quarteto a se ser inserido no topo de uma das bandas referência em rock no Brasil na década de 80, quando lançaram "Cabeça dinossauro" (1986).

Temas atuais voltam a fazer parte do setlist que está longe de abordar o romantismo. De acordo com Paulo Miklos, que concedeu entrevista ao jornal "Extra" desta quarta-feira (28), o foco da banda é o presente. Com sonoridade enxuta - guitarras, baixo, bateria e teclado - a banda volta a abordar questões políticas e polêmicas ao falar de temas como igreja, política e pedofilia.

"O que a gente voltou a fazer foi uma coisa mais focada. Em vários momentos da carreira fizemos trabalhos mais focados, que buscavam uma linha. E, invariavelmente, um momento assim, mais fechado de temas ou de sonoridades, nos leva a um momento seguinte, em que a gente quer abrir, porque dá uma sufocada. Já fizemos discos com orquestra, com percussão, com coro, usando elementos eletrônicos. Temos tudo isso na bagagem. Agora, somos só nós. Duas guitarras, baixo, bateria e teclado", explica o vocalista.

Inspiração em manifestações

Na lista de canções do novo disco, qualquer semelhança com o episódio das manifestação que aconteceu no Rio de Janeiro em junto deste ano não é mera coincidência. "Fardados", uma das músicas mais pesadas do CD, teve inspiração em um cartaz mostrado nas ruas durante o movimento.

"Segundo o Britto (Sérgio Britto), a inspiração surgiu a partir da foto de uma manifestante com um cartaz que dizia: 'Fardado você também é explorado'. A canção invoca esse desejo nosso de transformar a realidade do Brasil", conta Paulo.

"Senhor", "Mensageiro da desgraça" e "República dos bananas" são algumas faixas do álbum que marcam a volta do velho e bom Titãs, que apostaram na mesma postura "rebelde" da banda dos anos 80.

"A gente está gostando de fazer barulho! (risos) Vai chegar uma hora em que alguém vai pedir: 'Poxa, abaixa um pouco aí...' (risos) Mas a gente sempre deu essas guinadas. Chegamos ao máximo de sofisticação, usando tecnologias em 'Õ blésq blom', e depois voltamos para a garagem, fazendo o "Tudo ao mesmo tempo agora'. Com isso, a gente deixa fãs pelo caminho. 'Nheengatu' vem de encontro com o "Titanomaquia", o "Cabeça".

Rejeição

As novidades, porém, não deixam de preocupar o quarteto de cinquetões. O medo é que os fãs não consigam acompanhar o mesmo ritmo e tampouco entendam a nova proposta empacotada com uma sonoridade mais barulhenta.

"No Facebook, noutro dia, uma moça disse que não gostou do disco, que achou muito pesado. Mas a gente tem que assumir esses riscos. E sabíamos que com esse álbum o risco seria grande", admite o vocalista.

Porém, Miklos também reforça que o foco é insistir no novo, mesmo a contra gosto de novos ou velhos fãs. Perguntado se o grupo tem medo de rejeição do público e se teme ficar de fora das rádios, ele não foge da resposta:

"Isso sempre é uma preocupação. Claro que a gente quer que as pessoas ouçam, e isso (o fato de as letras serem duras e o som, pesado) pode ser um complicador. Mas é justamente aí que reside o grande problema: se a gente quiser ocupar um espaço e passar a fazer coisas para conseguir isso, a gente vai entrar no grande caldeirão da turma de uma cena que está proposta hoje. Vamos falar de baladas, de amores...", diz ele. E completa: "Passar a ter a necessidade de agradar a qualquer custo, como se isso garantisse um espaço. Mas olha... Não garante! E não garante a satisfação artística da gente nesse momento", afirma ele que prepara uma turnê do CD a partir de agosto de ste no Rio de Janeiro.

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