Tais Araújo sempre expõe sua opinião sobre preconceito, política e feminismo em entrevistas. Além de chamar a atenção pelo talento e pela personalidade, ela também sabe se posicionar em questões polêmicas. Consagrada como uma das atrizes mais disputadas de sua geração, a mulher de Lázaro Ramos se destaca por engajamento social. "Como artista, tenho prazer em entreter, mas também em provocar reflexão", disse à revista Claudia".
Tais contou também que já questionou a carreira artística, assim como Bruna Marquezine, por causa das críticas à sua atuação na novela "Viver a Vida", em 2009. "Quase larguei tudo. Mas voltar para o teatro salvou minha carreira. Só por isso estou aqui hoje", afirmou a artista, comentando ainda sobre a reviravolta da sua personagem Michelle na série "Mister Brau": "Vamos colocar em cena uma questão contemporânea, a de o cara não lidar bem com a mulher ganhando mais que ele".
Em seguida, Tais lamentou o assassinato de Marielle Franco, do PSOL do Rio de Janeiro. A vereadora foi morta a tiros dentro de um carro na Rua Joaquim Palhares, no bairro do Estácio, Região Central da capital fluminense. "Acompanhava seu trabalho pelas redes sociais, falava com sua equipe. Foi um golpe duro, despudorado. Espero que a comoção seja apenas a semente para um país melhor no futuro", concluiu.
Mais direta após a maternidade, Tais falou, anteriormente, sobre temas atuais, como o assédio sexual que vem bombardeando Hollywood. "Galanteio é galanteio, assédio é assédio. Acho que não tem nem que polemizar. Eu nunca sofri assédio, comigo acontece abuso o tempo inteiro. Este ano, por exemplo, deixei o Lázaro numa rua no Leblon, estacionei o carro e fui andando para encontrá-lo. Passei em frente a um restaurante e um cara colocou a mão na minha frente e disse: 'Taís, senta aqui!', falando alto e mandando em mim. Se ele fez comigo, imagina o que não faz com quem não é conhecido? Não acho que o cara tem que chamar a mulher de gostosa na rua. Acho isso superagressivo", declarou na ocasião.
(Por Patrícia Dias)